De um lado o camisa 10 que já foi eleito o melhor jogador do mundo por quatro vezes. De outro, o 11 que ajudou o Bayern de Munique a superar justamente o Barcelona do rival. Em jogo, uma vaga na grande final da Copa do Mundo. Messi e Robben travam nesta quarta-feira duelo de craques para definir se será a Argentina ou se será a Holanda que enfrentará a Alemanha na decisão do próximo domingo.
A importância de ambos para as suas equipes é inegável. Os números mostram um total equilíbrio entre Robben e Messi, com uma leve vantagem para o argentino por ter feito um gol a mais (4 a 3). O holandês, porém, vem sendo peça mais que fundamental na seleção que foi a sensação da fase de grupos, com destaque para o número de jogadas individuais: 17.
Messi atua em mais faixas do campo, caindo até mais pelo meio do que pelos lados. Já Robben tem o seu jogo baseado na direita. É por lá que ele tem sua jogada mortal, fazendo o corte no zagueiro e batendo de canhota para o gol.
Os dois já salvaram suas seleções na Copa. Não fosse por Robben, a Holanda não teria passado pelo México nas oitavas de final. Foi ele quem comandou a reação e sofreu o polêmico pênalti no final da partida que garantiu a virada. Já Messi carregou a Argentina em toda a fase de grupos e depois fez a jogada do solitário gol de Di María, já na prorrogação diante da Suíça, também nas oitavas.
Mas ao menos nas palavras, a reação de cada time com o seu rival desta quarta é diferente. Louis van Gaal preferiu manter o seu jeito mais sério e garantiu que não faria nenhuma marcação individual em Messi. Já Alejandro Sabella preferiu admitir que terá uma preocupação especial com Robben. Mesmo deixando claro que o holandês ainda não está no nível de Messi.
“Sempre nos referimos a times, não a jogadores individuais. Temo um plano para a Argentina, para todos os atletas deles, não só para o Messi”, disse Van Gaal, antes de elogiar o rival. “Eu acredito que se Messi foi eleito o melhor do mundo não foi por nada. Há uma razão para isso. Ele sempre teve dificuldade para mostrar esse nível na seleção e agora está fazendo de tudo nesse torneio. Mas queremos parar com isso”, completou.
“Robben é um jogador que desequilibra e terá que ter um cuidado especial. Temos que nos agrupar o máximo possível. O fundamental é impedir que ele tome velocidade. Quando ele tem velocidade é mais difícil de tirar a bola”, disse do outro lado Sabella. “Creio que Robben é um grande jogador. É muito importante, assim como Neymar para o Brasil e Messi para Argentina. Mas o Messi é o melhor de todos esses. Não tenho mais o que dizer”, completou, na base da provocação.
Quanto ao restante do time, a Holanda parece ter mais dúvidas que a Argentina. Com um time que vem mudando de uma partida para outra, Louis van Gaal ainda espera pela recuperação milagrosa que pode colocar o volante Nigel de Jong em campo. Vlaar, com dores no joelho esquerdo, chegou a ser dúvida, mas deve ir para o jogo.
Além disso, o astro e capitão Robin van Persie não treinou nesta terça por problemas estomacais, mas a atitude esteve mais próxima de um ato para não correr risco do que de uma preocupação e o atacante deve estar em campo.
Já na Argentina, Sabella preferiu não fazer muitos mistérios e confirmou que o time deve ser bem parecido com o que enfrentou a Bélgica, com a volta do suspenso Marco Rojo na lateral-esquerda e a entrada de Enzo Perez no lugar no lesionado Angel di María.
Quem se sair melhor no duelo desta quarta já conhece o rival da decisão: a Alemanha, que massacrou o Brasil por 7 a 1. A final acontece no domingo, no Maracanã. O derrotado enfrenta a seleção brasileira no dia anterior, em Brasília, na disputa do terceiro lugar.