O Reino Unido executou na madrugada desta quinta-feira (3) os primeiros ataques aéreos na Síria contra posições do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), poucas horas depois do Parlamento autorizar os bombardeios, anunciou o ministério da Defesa.
Quatro aviões Tornado da Royal Air Force (RAF) “efetuaram a primeira operação ofensiva no céu da Síria, durante a qual realizaram ataques”, anunciou um porta-voz do ministério britânico da Defesa.
Os bombardeiros atacaram campos de petróleo na Síria, disse o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon. Eles decolaram da base da RAF no Chipre.
“Aprovei ontem uma série de ataques nos campos de petróleo Omar… os Tornados tiveram sucesso no ataque contra estes alvos”, disse Fallon à BBC.
Nesta manhã, o país enviou oito aviões de guerra adicionais para a base no Chipre, que irão se juntar à ofensiva contra o Estado Islâmico na Síria.
“Hoje estamos dobrando nossa força de ataque. As oito aeronaves adicionais estão sendo enviadas para Akrotiri, elas estão no ar e a caminho”, disse Fallon.
A Rússia elogiou a ação britânica. “Continuamos apoiado qualquer ação para combater o terrorismo, na luta contra o Estado Islâmico”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin.
“Claro que acreditamos que a eficiência pode ser melhorada significativamente quando tais ações são coordenadas, com toda a ação é unida por uma coalizão”, afirmou.
Aprovação do Parlamento
Os bombardeios aconteceram poucas horas depois do Parlamento britânico autorizar as ações na Síria por 397 votos a favor e 223 contra.
A aviação britânica já participa nos ataques aéreos contra EI no Iraque.
O premiê David Cameron chamou de “simpatizantes de terroristas” os que se opuseram à medida.
O voto do Parlamento britânico a favor dos ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico “é a melhor decisão para preservar a segurança do país”, afirmou Cameron. “O Parlamento tomou a melhor decisão para preservar a segurança do país – a ação militar na Síria faz parte de uma estratégia maior”, escreveu no Twitter, após a decisão.