nvestigador encontrou outra imagem por trás da pintura de Leonardo Da Vinci.
Quantos mistérios pode guardar um quadro? Se esse quadro for a Mona Lisa (La Gioconda), pintada por Leonardo Da Vinci no século XVI, serão muitos. Agora, um cientista francês garante que encontrou uma outra imagem, de outra mulher, por baixo da imagem de Mona Lisa. Pascal Cotte diz que passou mais de dez anos a analisar o quadro e que usou uma tecnologia que permite avaliar os reflexos da luz no quadro para perceber como ele foi pintado e quais as camadas que estão por baixo da superfície.
Num documentário exibido na BBC2, Cotte, que é um pioneiro na utilização deste método – Layer Amplification Method (LAM) – afirmou: “Podemos agora analisar exatamente dentro das várias camadas da pintura e podemos pelar cada camada como a pele de uma cebola. Conseguimos reconstruir a cronologia da criação da obra.”
Foi isso que Cotte fez com Mona Lisa e, no final, deparou-se com uma pintura “completamente diferente”: “Esta não é a mesma mulher”, concluiu. Esta mulher tem um olhar diferente, uma cabeça maior, um nariz mais comprido, mãos também maiores e os lábios mais finos daqueles que Mona Lisa usa no seu misterioso sorriso. Não será, portanto, Lisa Gherardini, a mulher de um comerciante de Florença, que é geralmente apontada como a modelo do retrato.
O Museu do Louvre, onde o quadro está exposto, não quis comentar esta descoberta que não foi aceite de forma consensual entre os críticos e historiadores de arte.
Por exemplo, Martin Kemp, da Universidade de Oxford, contrapõe: “As imagens de Cotte mostram o que Leonardo poderia estar a pensar. Mas a ideia de que havia uma pintura inicial, que ficou escondid, é insustentável. Não as vejo como diferentes etapas que representam imagens diferentes, mas antes como um processo, mais ou menos contínuo, de evolução. Estou convencido que a Mona Lisa é mesmo Lisa.”