Um avião da Ethiopian Airlines, que voava da capital da Etiópia, Adis Abeba, para Nairobi, no Quênia, caiu neste domingo (10) com 157 pessoas a bordo. Não há sobreviventes, e as causas do acidente ainda são desconhecidas.
O Boeing 737 MAX 8 caiu perto da cidade de Bishoftu, 62 km a sudeste de Adis Abeba. “O piloto mencionou que teve dificuldades e que queria voltar [a Adis Abeba]”, afirmou o presidente da companhia aérea, Tewolde GebreMariam Medhin, em entrevista coletiva. Os controladores, então, “autorizaram-no” a dar meia-volta e retornar.
O que se sabe até agora:
- O voo ET 302 da Ethiopian Airlines perdeu contato 6 minutos após decolar;
- A aeronave, um Boeing 737 MAX 8, com registro ET-AVJ, decolou às 8h44 (horário local);
- 157 pessoas estavam a bordo do avião, sendo 149 passageiros e 8 tripulantes;
- Piloto relatou dificuldades técnicas e foi autorizado a retornar;
- Segundo a companhia aérea, não há sobreviventes;
- Passageiros de mais de 30 países estavam a bordo (não havia brasileiros);
- A aeronave adquirida pela Ethiopian Airlines em novembro não tinha registro de problemas técnicos, e o piloto tinha um “excelente” registro de voo, afirmou o presidente da companhia;
- O modelo do avião era o mesmo que caiu na Indonésia em outubro de 2018.
“Nós recebemos o avião em 15 de novembro de 2018. Ele voou mais de 1,2 mil horas. Havia voado de Joanesburgo [na África do Sul] mais cedo esta manhã”, afirmou o CEO da Ethiopian Airlines. O piloto tinha mais de 8 mil horas de voo, segundo autoridades da companhia em coletiva.
“Como eu disse, é um avião novo em folha, sem registros de problemas técnicos, comandado por um piloto sênior, e não há nenhuma causa à qual possamos atribuir [o acidente] neste momento”, disse o presidente da empresa aérea.
O avião levava 149 passageiros e 8 tripulantes. Segundo lista divulgada pela companhia, havia passageiros de mais de 30 nacionalidades diferentes. Havia quenianos, etíopes, norte-americanos, canadenses, franceses, chineses, egípcios, suecos, britânicos, holandeses, indianos, eslovacos, austríacos, suecos, russos, marroquinos, espanhóis, poloneses e israelenses.
Em nota, o Itamaraty informou que “não foram identificados brasileiros na lista de passageiros”.
“O mais afetado, como vocês devem imaginar, é o Quênia, com 32 passageiros a bordo dos 149”, afirmou o ministro dos transportes queniano, James Macharia, em entrevista coletiva.
No Twitter, representantes de órgãos ligados à Organização das Nações Unidas (ONU) disseram que havia representantes da entidade a bordo. Pelo menos quatro passageiros trabalhavam para as Nações Unidas, segundo a companhia aérea.
A Secretária Executiva da Comissão Econômica para África da ONU (ECA, na sigla original), Vera Songwe, escreveu: “A Organização das Nações Unidas lamenta a perda de nossos colegas e amigos, muitos dos quais perderam suas vidas cumprindo suas obrigações profissionais hoje. Iremos fazer contato com as famílias e oferecer nosso apoio”Já o chefe do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (WFP, na sigla original), David Beasley, publicou: “A família WFP está de luto hoje – funcionários da @WFP estavam entre as pessoas a bordo do voo da Ethiopian Airlines. Faremos tudo o que for humanamente possível para ajudar as famílias neste momento doloroso. Por favor, mantenha-os em seus pensamentos e orações”.
Foto: Maheder Haileselassie/Reuters