Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, planeja construir um complexo turístico com bonde, teleférico, mirante, farol e um centro comercial entre as praias do Camaroeiro e a Prainha, na região central da cidade. O projeto da prefeitura deve ter o edital da primeira fase lançado até agosto, conforme prevê o secretário de obras da cidade, Leandro Borella Barbosa.
A primeira de três fases do projeto já têm verba de R$ 4,2 milhões liberada pelo Departamento de apoio ao Desenvolvimento das Estâncias (Dadetur), da Secretaria Estadual de Turismo.
“Na praia do Camaroeiro há um morro onde está sendo feito um trabalho de recomposição da encosta atualmente. Esse morro vai ser o principal ponto do mirante”, explicou o secretário e autor do projeto.
Os demais pontos do complexo serão construídos nas duas etapas seguintes e ainda não têm prazos definidos. A estimativa é que o investimento total chegue a R$ 15 milhões.
“Existe um píer no camaroeiro ali que vai ser ampliado para abrigar um bonde que vai do píer até o ponto com os restaurantes. Ele vai depender da iniciativa privada para ser operado. Já o teleférico vai atravessar a prainha, semelhante aos moldes do que existe em Aparecida. Estamos começando a detalhar os projetos e pequenas alterações ainda podem ser feitas”, disse o secretário.
Planejamento
O projeto, aprovado pelo Conselho Municipal de Turismo (Comtur), conta com maior parte da área do projeto sendo de propriedade da prefeitura. Na ponta da Prainha, na divisa com a praia Martim de Sá, o projeto final prevê a construção de um farol.
Segundo o secretário, as construções do estacionamento e do mirante, que compõem a primeira fase, estão previstas para serem inauguradas até metade de 2018.
Avaliação
O presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) de Caraguá, Rodrigo Tavano, considera que mesmo que seja um investimento com conclusão a longo prazo, essa é uma aposta necessária para a cidade.
“Nos últimos anos todos os projetos aprovados sempre foram voltados para melhorar a estrutura física da cidade, como calçamento e iluminação, mas necessitamos demais de um atrativo diferenciado para o turista. Acreditamos que o complexo vai ajudar a cidade a sair da sazonalidade de só atrair turistas durante o verão”, disse.
O projeto, de acordo com Tavano, faz parte de uma mudança coletiva na abordagem turística da cidade. “Temos outra meta de criar mais atrativos ‘indoor’, para que quando chova o turista tenha opções, como um museu caiçara ou de pesca, um orquidário e um aquário, que é uma ideia que se debate na cidade há tempos”, afirmou.