Objetivo é desafogar o CCZ de Taubaté, que abriga cerca de 500 animais. Os detentos podem utilizar o trabalho, no cuidado com cães e gatos, para pedir redução da pena.
Para tentar resolver a superlotação no Centro de Zoonoses de Taubaté, dois presídios de Tremembé vão começar a receber cães e gatos. A construção do canil, com capacidade para 200 animais, está previsto para começar na próxima quinta-feira (17).
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), os canis serão construídos por 10 detentos no Pemano, que abriga presos do regime semiaberto, e no P1, conhecido por abrigar presos com caso de grande repercussão. As obras devem durar quatro meses, mas ainda não há previsão de quando os animais serão levados para os locais.
Outros detentos serão capacitados para técnicas de banho, tosa e adestramento. O trabalho é um mecanismo para o abatimento da pena do detento. “Isso vai ajudar os presos a terem trabalho e diminuir o número de animais abandonados em Taubaté”, explicou o diretor geral da P1, André Luiz Bolognin.
A ideia foi da juíza Sueli Zeraik, que atua na 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté. Segundo ela, o contato do preso com os animais é responsável por criar afeto, carinho e a reaproximação com as pessoas.
“Lendo um artigo sobre a naturalidade do amor animal, achei que seria interessante unir os dois: quem dá amor, que é o animal, e quem precisa receber, que é o detento. A expectativa é de que o projeto dê certo”, explicou Sueli.
Colaborou: Emerson Tersigni
FOTO: site cachorrogato