A Prefeitura de Taubaté recuou da decisão de demitir socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que foram desligados nesta segunda (30) por justa causa após transportar um cachorro em uma ambulância. O Samu justificou a demissão por falta de cumprimento de regras que garantem as condições de higiene do veículo. A punição foi revista nesta terça (31).
De acordo com a prefeitura, o motorista e enfermeiro foram advertidos quanto aos riscos do procedimento adotado pela equipe e serão reintegrados aos quadros do instituto. Segundo a administração, o médico informou que não deseja ser reintegrado. O caso teve grande repercussão na internet.
O motorista Leandro Miranda conta que houve uma conversa com a direção e que nela os funcionários puderam dar detalhes do ocorrido. “Fomos demitidos sem nem terem nos ouvido. Depois de uma conversa, voltaram atrás. Eu agradeço a chance de poder esclarecer e também ver que a gente tem que não agir por impulso”, contou.
O enfermeiro reintegrado ao cargo foi procurado por telefone pela reportagem, mas não foi encontrado.
Caso
Os funcionários afirmam que voltavam para a base depois de um socorro quando foram abordados por uma motorista na região do distrito de Quiririm. Essa mulher, uma moto e um caminhão estavam às margens da pista. Ao descer, a equipe percebeu que havia um cachorro na pista.
De acordo com os funcionários, o animal estava com uma coleira com o telefone do dono e, por isso, a equipe tomou a decisão de levá-lo para evitar que a ambulância estivesse fora da unidade correndo o risco de ser acionada para prestar socorro. O animal foi então transportado na ambulância – a Unidade de Suporte Avançado (USA), a mais equipada do Samu de Taubaté.