“Respeitável público do Sertão das Cotias, hoje estamos aqui para convidá-los a participarem das festividades de Momo”. O conhecido “grito de guerra” do bloco Juca Teles, atrai milhares de foliões para a pacata São Luiz do Paraitinga no sábado de carnaval, abrindo a festa na cidade. Mas neste ano um grupo de comerciantes luizenses resolveu inovar – ou, no caso, re-novar: a cerca de 50 dias para o começo da folia, o evento “Grito de Carnaval” buscou reproduzir o formato dos carnavais antigos, de quando a cidade ainda não era tão popular.
Nada de trio elétrico ou palcos elaborados. No “Grito de Carnaval” a ordem foi botar o bloco na rua e festejar sem cordão de isolamento – e sem os excessos que alguns foliões cometem em fevereiro.
“A ideia do Grito de Carnaval é trazer de novo essência do carnaval, que com o passar do tempo, a gente acabou perdendo. Um carnaval mais familiar, que você possa curtir com a família, com os pequenos. Sem brigas, sem roupas escandalosas… o carnaval acabou fugindo um pouco do que era, e a nossa verdadeira missão é fazer a família vir pra rua”, explica Thiago Rodrigues da Silva, empresário e um dos idealizadores do evento.
O “Grito” foi feito inteiramente com recursos angariados por empresários da cidade, que se uniram para custear a estrutura de palco e o pagamento dos músicos. A festa começou na sexta-feira com uma seresta de carnaval pelo centro histórico e se encerrou no domingo, com uma contação de histórias no Largo das Mercês. No sábado, a folia foi das 13h até meia-noite, intercalando blocos de rua e shows de bandas da cidade.