A Polícia Civil investiga uma agressão a um homossexual, de 27 anos, durante um assalto no Centro de Taubaté (SP). O crime aconteceu na madrugada do último sábado (7). A vítima, que teve um celular roubado, acredita que a motivação das agressões tenha sido homofobia. Ninguém foi preso.
De acordo com Ítalo Baptista, ele e um amigo tinham ido a uma casa noturna LGTB, na rua Jorge Winther, e na saída eles foram em direção à praça Santa Terezinha para comer um lanche. No local, dois homens segurando um pedaço de madeira se aproximaram e anunciaram um assalto.
“Meu amigo saiu correndo, mas eu não consegui. Eles me derrubaram no chão e começaram a chutar e socar o rosto. Eu não lembro de tudo, mas eles me arrastaram, chutaram principalmente meu rosto e me bateram com a madeira”, contou.
Um casal que mora na rua ouviu gritos durante a agressão e saiu de casa para ajudar a vítima.”Ouvi um grito de dor e desespero, e quando fomos olhar para a janela vímos os dois espancando para matar. Meu marido saiu atrás dos caras e eles se assustaram e fugiram. O Ítalo estava todo ensanguentado”, contou Michele Manzetti.
Na fuga, os criminosos levaram o celular da vítima. O casal acionou a polícia e a vítima foi levada ao Hospital Regional de Taubaté com diverso ferimentos, principalmente no rosto. Para Ítalo e para a família que ajudou no socorro, a agressão foi motivada por homofobia.
“Geralmente, quando se trata de assalto, nem sempre tem agressão, mas quando tem é só até a pessoa entregar o que eles querem e depois vão embora. No meu caso, eles permaneceram me agredindo mesmo depois de pegarem meu celular. Foram muito violentos, se ninguém tivesse me ajudado, eu tinha morrido”, acredita Ítalo.
“Eu acho que foi preconceito porque eles já tinham roubado o celular e mesmo assim continuaram batendo. Ele tava muito machucado, não dava nem pra enxergar o olho dele. Foi uma ação muito violenta, eles não paravam”, acrescentou Michele.
Foto: Arquivo Pessoal