Um ator do grupo de teatro Nós do Morro, que trabalha com projetos de inclusão social em comunidades cariocas, afirma ter sido agredido por um homem na escadaria do metrô da Cinelândia, Centro do Rio, na madrugada de domingo (19). Max do Nascimento de Andrade (foto), foi surpreendido com um soco no olho direito por um homem, ainda desconhecido, após sair de uma festa dedidada ao público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Trangêneros).
Segundo a Polícia Civil, o fato foi registrado na 5º DP (Mem de Sá) e as investigações estão em andamento. Os agentes já ouviram a vítima e estão tentanto identificar o autor do delito. Ainda segundo a corporação, a polícia procura imagens das câmeras de segurança na região para análise.
Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta segunda, Max disse que a agressão ocorreu por volta das 7h30 e que, pelo golpe dado, o homem parecia conhecer técnicas de luta.
“Ele [o agressor] parou na minha frente, falou ‘viadinho’, e me deu um soco muito forte. Deve praticar alguma luta, porque o soco foi feito na vertical. Eu fiquei tonto, estava sangrando muito”, explicou.
Ainda segundo a vítima, ele foi levado por amigos para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, e uma tomografia foi realizada.
Estado registra 15 homicídios em 2013
De acordo com a Secretaria de Estado de Assistência Social, o programa Rio Sem Homofobia registrou 15 homicídios e quatro tentativas de homicídio, somente em 2013. As principais motivações foram ódio e discriminação à orientação sexual e identidade de gênero da vítima.
Neste ano, segundo a secretaria, foram realizados 9.433 atendimentos a 3.640 usuários nos Centros de Cidadania LGBT e o Disque Cidadania LGBT.
Os centros prestaram apoio jurídico, psicológico e social a 2.598 pessoas, em um total de 2.997 pedidos. Deste número, 748 casos, ou 25%, foram por violência homofóbica, entre agressões verbais, físicas e virtuais. Segundo a secretaria, o ambiente familiar é onde ocorre 27% dos casos. Vias públicas aparecem em segundo lugar, com 16%.