Polícia de SP investigará morte de mulher após cirurgias estéticas

O caso da mulher que teve infecção generalizada e morreu após diversas cirurgias estéticas em Praia Grande, no litoral de São Paulo, será investigado pela Polícia Civil como lesão corporal seguida de morte. O irmão da vítima registrou um Boletim de Ocorrência na tarde de segunda-feira (7) e afirmou que o médico responsável pelos procedimentos “sumiu”.

A gerente administrativa Daniela Desa Avighi, de 36 anos, passou por três procedimentos cirúrgicos em uma clínica na cidade: lipoaspiração, peeling para remover estrias dos glúteos e aumento dos seios com próteses de silicone. De acordo com Cláudio de Sá Avighi, irmão da vítima, Daniela passou pelas intervenções no mesmo dia e recebeu alta em seguida. “A partir daí, ela começou a ter problemas com dores e a pressão baixou, mas achamos que fazia parte do processo”, afirma.

Segundo a documentação apresentada por Cláudio, os procedimentos foram realizados no dia 23 de junho. Após ela se queixar de dores por uma semana, Daniela faleceu no dia 2 de julho, nove dias após receber alta médica. O irmão da vítima ainda questiona a postura do profissional e reclama da falta de assistência.

“Se uma paciente faleceu, talvez por conta da cirurgia que realizou, ele deveria, no mínimo, dar atenção à família, esclarecer os fatos e me receber para mostrar os prontuários médicos. Quais foram as orientações que ele deu? Ele sumiu!”, enfatiza.

A Direção do Hospital Canto do Forte, onde a cirurgia foi realizada, afirma que deu todas as condições necessárias para que o médico realizasse os procedimentos cirúrgicos e que a paciente saiu de lá em boas condições de saúde. Já a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica desconhece o procedimento utilizado na paciente, o que não retira a possibilidade do procedimento ser realizada por outros cirurgiões. O caso está sendo investigado no 1º Distrito Policial (DP) de Praia Grande.