A polícia britânica identificou dois dos três terroristas responsáveis pelo atentado de sábado (3), em Londres.
Khuram Shazad Butt e Rachid Redouane. O primeiro, cidadão britânico nascido no Paquistão; o segundo, marroquino e libanês. O terceiro nome não foi revelado porque as investigações estão mais complexas.
Khuram apareceu num documentário sobre jihadistas do “Channel 4”. Há informações na imprensa britânica de que ele já tinha sido denunciado por tentar radicalizar crianças num parque. Uma testemunha disse que fez a sua parte, mas a polícia não cumpriu o seu papel.
A chefe da Scotland Yard declarou que precisa de mais agentes fazendo rondas. O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, chegou a pedir a renúncia da primeira-ministra por causa do corte de 20 mil policiais nos últimos anos.
Pressionada, Theresa May disse que a polícia está mais eficiente. O governo tomou medidas extras de segurança a três dias das eleições britânicas.
No primeiro dia útil depois do atentado, Londres acordou diferente. Em pelo menos em três pontes o governo instalou, de um dia para o outro, barreiras. As estruturas são aparentemente provisórias, de metal e, em tese, aguentam o tranco de um carro.
A novidade ainda causa estranheza à população. Um homem disse que é preciso medidas duras para situações duras: se isso salvar a vida de pessoas, por que não? Uma moça acha que os londrinos não devem ter medo.
“Acho que a gente tem que viver normalmente sem pensar o tempo todo o que vai acontecer, o que vamos fazer, não podemos ir no centro de Londres. Não”, disse.
A London Bridge, a ponte onde o ataque começou, já foi reaberta ao público. O acesso ao Borough Market continua interrompido. Muitos londrinos fizeram questão de parar para pensar nas vítimas.
A primeira delas a ser identificada foi a canadense Christie Archibald. Ela trabalhava num abrigo para moradores de rua no Canadá e veio à Londres para ficar perto do noivo. Morreu nos braços dele.
Tudo isso dois meses depois do ataque ao Parlamento, em março. Ninguém contava com um novo atentado em Londres tão rápido. A resposta londrina também veio depressa com uma vigília. A cada ato de terror faz nascer em Londres mais solidariedade.
O atentado matou sete pessoas e 36 estão internadas. A polícia informou que todos os suspeitos presos até agora foram liberados sem qualquer acusação.