Os petroleiros da Refinaria Henrique Lage, em São José dos Campos (SP), iniciaram nesta quarta-feira (30) uma greve por tempo indeterminado.
Os trabalhadores protestam contra o preço dos combustíveis e a privatização da Petrobras. Segundo o sindicato, a categoria defende o fim da política atual de preços implementada pelo governo para definir do preço dos combustíveis.
No início da manhã, os trabalhadores se concentraram em frente à portaria da unidade e participaram de uma assembleia. Durante a paralisação, ao menos 30% do efetivo continua trabalhando por questões de segurança, pois a refinaria não pode ficar parada. A refinaria tem cerca de mil funcionários.
Os militares do Exército também continuavam no início desta manhã com as ações na Revap. Desde sábado, os caminhões carregados de GLP e coque estão sendo escoltados pelos militares. Eles abastecem a região do Vale do Paraíba e Grande São Paulo.
A Revap, que produz querosene para aviação, óleo diesel, gasolina e asfalto, abastece principalmente o mercado paulista e o centro-oeste do país. A unidade é a terceira maior refinaria do país.
Em nota, a petrobras informou que recorreu à justiça contra a greve e que as paralisações registradas nesta quarta-feira (30) foram pontuais.
“O Tribunal Superior do Trabalho (TST) emitiu na noite de ontem, decisão liminar declarando a abusividade da greve. O pedido foi feito pela Petrobras e pela Advocacia-Geral da União, considerando o contexto nacional e a necessidade de retomada do abastecimento de combustíveis o mais breve possível”.