Mais de 150 pessoas continuam desaparecidas, três dias depois do tsunami que atingiu a Indonésia. O número de mortos chegou a 429.
Na mesma cidade em que um mercado de peixes reabria depois da tragédia de sábado (22), um alarme falso de um novo tsunami provocou pânico nas ruas. Corre-corre e o telhado de uma mesquita virou abrigo contra as ondas que não vieram. Ainda assim, as regiões costeiras das ilhas de Sumatra e Java seguem sob risco. O vulcão Anak Krakatoa continua ativo e pode provocar novos deslizamentos e desabamentos, levando à formação de mais ondas gigantes.
A Indonésia não tem sistemas de alerta para atividade vulcânica. Os alarmes antiterremoto não foram acionados porque não houve tremor de terra. E muitas boias que serviriam para detectar sinais de elevação do nível do mar estão destruídas ou não funcionam por falta de manutenção. Falhas que já foram admitidas pelo governo do país.
As buscas por corpos e sobreviventes continuam, mas, nesta terça (25), as equipes de resgate encontraram outro obstáculo: muita chuva, durante todo o dia, dificultando a chegada de socorro a áreas devastadas e isoladas.
Já são mais de 16 mil pessoas deslocadas de suas casas e cidades. Um homem contou que o irmão e os filhos conseguiram se agarrar ao assoalho de um carro e não foram arrastados pela água, mas muita gente ainda precisa se revezar entre a dor e a força para seguir escavando, procurando, ajudando. O atendimento médico é precário em muitas cidades e muitas estradas seguem bloqueadas pelos destroços.
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