O experiente Carlos Alberto Parreira já foi herói e vilão pela Seleção Brasileira. Coordenador técnico na Copa do Mundo 2014, ele dividiu a culpa pela derrota por 7 a 1 diante da Alemanha na semifinal e teceu elogios a Tite por seu começo na equipe nacional, marcado pelo sucesso de Gabriel Jesus.
“(Sobre) culpa e merecimento no futebol, aprendi uma coisa. Você não ganha um campeonato sozinho. Ganha todo um trabalho, uma equipe. Quando você ganha, nunca diz: ‘eu ganhei’. É ‘nós ganhamos’. Na hora em que você perde, também não é só o treinador”, disse Parreira, parceiro de Luiz Felipe Scolari em 2014, em entrevista ao Sportv. “Perde todo o mundo, todo o mundo perdeu. Jogadores, comissão técnica, todos que estavam envolvidos. Então, acho que a culpa foi de todo o mundo. São coisas que acontecem uma em um milhão de vezes. Nunca mais irá se repetir”, declarou Parreira, que nunca viu a partida novamente.
Como preparador físico, ele participou do tricampeonato na Copa do Mundo 1970 e, 24 anos depois, ganhou o tetra como treinador, função que também exerceu em 2006. Em 2014, atuou como coordenador técnico na comissão de Felipão.
“Toma o primeiro gol, toma o segundo. Descontrolou mesmo. Ficou de uma maneira que não deu para segurar. Não deu tempo de fazer nada”, descreveu, sobre o 7 a 1. “Isso é impensável para uma seleção em uma Copa do Mundo em casa. Então, vai marcar sempre a nossa carreira, mas a vida continua. Ela é feita de ciclos”, afirmou.
Carlos Alberto Parreira evitou criticar Dunga e afirmou que seu ex-volante voltou à Seleção em uma fase “complicadíssima”. Ao falar de Tite, com 100% de aproveitamento em seis partidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas, ele foi generoso.
“A Seleção não está ganhando por acaso. O time é consistente, equilibrado. Tem gente jovem com gente mais experiente”, comentou. “A grande tacada do Tite foi o Gabriel. Veio para complementar o Neymar. Quando o Neymar pega a bola, agora tem um companheiro para trabalhar junto. Quantos gols surgiram assim?”, indagou.