O Papa Francisco deixou nesta segunda-feira (30) a República Centro-Africana, encerrando assim sua primeira viagem oficial à África, após visitar também Quênia e Uganda nos últimos seis dias.
O avião papal decolou pouco depois das 12h35 locais (9h35 em Brasília), após uma breve cerimônia de despedida no aeroporto internacional de Bangui, capital do país, que contou com a presença das autoridades do governo de transição e bispos. Ele deve chegar à Roma nesta tarde.
A visita à República Centro-Africana exigiu medidas extraordinárias de segurança devido ao conflito entre milícias cristãs e muçulmanas no país, iniciado em 2013 e que custou a vida de milhares de pessoas.
O Papa levou uma mensagem de paz e reconciliação aos três países africanos que visitou, onde a violência e a falta de respeito aos direitos humanos é habitual, mas especialmente à República Centro-Africana.
Em um país onde os confrontos entre cristãos e muçulmanos provocaram a morte de milhares e o deslocamento de cerca de 1 milhão de pessoas, a metade refugiados em países vizinhos, Francisco pediu o “diálogo” para a reconciliação entre ambas comunidades.
Em visita à mesquita de um bairro muçulmano de Bangui, capital da República Centro-Africana, o papa afirmou que cristãos e muçulmanos são “irmãos” e fez um apelo para que rejeitem o ódio e a violência. “Cristãos e muçulmanos são irmãos e irmãs”, disse. “Os que clamam que acreditam em Deus também devem ser homens e mulheres de paz”.