O padrasto do adolescente de 14 anos, que morreu após ter sido agredido nesta terça-feira (25), confessou em depoimento à Polícia Civil que foi o autor da agressão. Ele está preso e vai responder por homicídio triplamente qualificado.
O adolescente foi levado ao Hospital Municipal, com várias fraturas, no tórax e abdômen. Ele sofreu duas paradas cardíacas e foi reanimado. Mas, durante uma cirurgia para conter uma hemorragia no fígado, ele sofreu uma terceira parada e não resistiu.
A mãe e o padrasto foram levados pela polícia durante o velório, para prestar depoimento na delegacia.
Segundo a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, Vânia Idalera Zacaro de Oliveira, a polícia recebeu a denúncia do próprio hospital, que chamou a polícia por volta das 16h da terça-feira (25), após ter desconfiado dos ferimentos do adolescente.
“Quando chegamos ao hospital fomos informados pelos médicos que o menino tinha morrido. Então fomos ouvir a mãe”, disse a delegada.
Segundo ela, a versão da mãe levantou suspeitas. “Ela falou que a criança foi agredida e tinha sido levada pra casa por desconhecidos. Aí ela foi dar banho nele. Quem dá banho em uma criança ferida antes de socorrer?”, questionou a delegada.
A Polícia começou a investigar e encontrou uma testemunha que relatou os episódios de maus-tratos. “Essa testemunha disse que a mãe tinha contado para ela que foi o padrasto quem agrediu o menino. Diante disso, fomos ao velório”, contou a delegada ao Meon.
Segundo ela, policiais à paisana foram à Urbam e se misturaram para ouvir os comentários. “Só depois nos identificamos e os trouxemos para a delegacia”, disse.
A primeira versão do casal era que o menino tinha sido agredido na rua, por conta de uma briga, por pipa. Depois, mudaram a versão e acabaram confessando.
Em depoimento à polícia, a mãe contou que gritava para o padrasto parar e que tentou conter as agressões. Segundo ela, o padrasto batia no menino porque não entendia sua deficiência. Ele tinha um atraso de desenvolvimento por conta da sequela de uma meningite contraída quando ainda era bebê.
“Ela contou que o filho, por conta de seu atraso mental, não entendia as orientações do padrasto. E que por isso o padrasto batia para ele virar gente”, disse a delegada.
Segundo a polícia, a mãe foi ouvida e liberada, mas será investigada por suposta