Depois da derrota por 2 a 1 no jogo de ida contra o Vitória, o Bahia prometeu uma guerra na partida de volta e cumpriu. Aos menos avisados, isso não quer dizer que foi uma partida violenta, cheia de jogadas desleais e confusões como foi em alguns momentos o primeiro
jogo entre as duas equipes. O que foi desencadeado após o jogo não esteve, mais cedo, no gramado da Arena Fonte Nova. Em uma partida bem disputada, mas bem jogada, o Bahia foi disciplinado como um soldado na guerra e, com méritos, bateu o Vitória por 2 a 0.
O mérito do Bahia em chegar à final do Nordestão acontece pela competência em saber jogar um confronto de 180 minutos e superar todas as dificuldades encontradas. Na primeira partida, ficou com um jogador a menos no primeiro tempo e, embora tenha perdido por 2 a 1, jogou melhor que o rival e cedeu um placar magro, totalmente superável no confronto decisivo. Na partida de volta, mesmo pressionado, tomou a iniciativa do jogo quando tinha que tomar, recuou e contra-atacou no momento certo e, vibrante, soube jogar com a torcida do início ao fim.E olhe que não chega a ser bem uma surpresa o que aconteceu neste domingo. O próprio técnico do Vitória, Argel Fucks, indicou como seria após a partida da última quinta. Vencedor do primeiro jogo, o treinador do Vitória sabia que o Bahia seria obrigado a propor as ações no confronto de volta, o que não aconteceu na quinta-feira, e o Vitória teria campo para poder usar a sua principal arma: o contra-ataque. O problema disso tudo é que o time não conseguiu superar a forte marcação do rival e, quando encontrou espaço, errou passes importantes na transição ofensiva. Sem conseguir progredir ao ataque em velocidade, abusou da transição direta e dos chuveirinhos na área. Como o jogo mostrou claramente, a estratégia não teve êxito.Do outro lado, o Bahia demonstrou a conhecida postura defensiva, com linhas próximas do início ao fim da partida, mesmo quando teve um jogador a menos. Na frente, com a obrigação de propor o jogo, teve mais posse de bola, mas mostrou dificuldade para penetrar na área do Vitória no início. Contudo, aos poucos, o ataque mais leve, com Edigar à frente, Zé Rafael e Allione abertos e Régis entre eles, se encontrou e, com ultrapassagens e apoio dos laterais, atormentou a defesa do Vitória. Bom deixar registrado aqui a boa partida de Armero, a melhor dele com a camisa do Bahia, e o “clássico” de Allione. Clássico porque o argentino não só foi bem no jogo deste domingo, com também na partida no Barradão.