Cerca de 3,5 mil trabalhadores da General Motors (GM) decidiram nesta terça-feira (19) manter a greve iniciada nesta semana na unidade de São José dos Campos (SP). A assembleia foi realizada na manhã desta terça (19) com os trabalhadores do 1° turno de produção. A unidade tem cerca de cinco mil funcionários e fabrica os modelos Trailblazer e S10.
Inicialmente a paralisação seria apenas na segunda-feira (18), mas os trabalhadores decidiram pela greve por tempo indeterminado por não haver avanço nas negociações sobre o valor da segunda parcela da Participação dos Lucros e Resultados (PLR).
Este é o segundo dia de paralisação na linha de produção da empresa. Nesta segunda (18), os trabalhadores haviam aprovado suspensão da jornada em protesto à proposta de PLR da empresa.
Segundo o sindicato, em reunião nesta segunda a empresa havia oferecido R$ 5 mil e antecipação do 13º. O valor foi rebatido com proposta de R$ 6.405. Os representantes da categoria alegam que o 13º já faz parte do pacote de benefícios dos trabalhadores e não pode ser incluído no pacote de participações.
Ainda segundo o sindicato, o pagamento deveria ter sido feito até a última sexta-feira, mas ainda não foi feito por falta de acordo do valor.
Em nota enviada à imprensa na segunda-feira, a GM lamentou a falta de acordo sobre o valor da PLR. Segundo a montadora, a fábrica vem fazendo um esforço para fazer o pagamento e a greve só prejudica ainda mais a situação financeira da GM em pleno período de queda nas vendas.
A GM informou ainda que, por causa disso, a empresa pode ter que adotar outras medidas de corte de custos.