Cerca de sete mil funcionários da Embraer, em São José dos Campos, aprovaram em assembleia na manhã desta terça (21) uma paralisação de 24 horas. A categoria paralisou as atividades em protesto contra a proposta de reajuste salarial e também ao valor da Participação de Lucros e Resultados (PLR) oferecida pela empresa.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, os cerca de sete mil funcionários do primeiro turno e do setor administrativo votaram pela greve por reprovar a proposta da empresa de 6, 6% de reajuste salarial. A ação também serviu como protesto dos trabalhadores contra o valor da PLR, que será de R$ 900 com adicional de 0,12% sobre o salário.
“Os funcionários reivindicam entre 9% a 10% de reajuste. Quem estava negociando com a Embraer era uma comissão interna e os funcionários votaram nesta manhã a favor de que o Sindicato represente eles nessa negociação”, disse José Dantas Sobrinho, diretor do sindicato.
Além da PLR, os trabalhadores também protestam contra a geração de empregos na produção do KC-390, que será apresentado nesta terça-feira à imprensa. “À princípio a ação é por 24 horas, mas pode se transformar em uma greve por tempo indeterminado. Hoje a empresa lança um cargueiro, que é um projeto com dinheiro público, mas que 70% dos empregos está sendo gerado em outros locais, fora do Brasil”, disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, conhecido como ‘Macapá’.