A Polícia Militar de Pernambuco confirmou à reportagem que na última quarta-feira (21), no dia da partida de Fortaleza e Sport, na Arena Pernambuco, um monitoramento da inteligência das polícias do Ceará e Pernambuco conseguiu interceptar um ônibus em Goiana, na divisa da Paraíba com Pernambuco, que levava torcedores da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF) para o jogo. Com os integrantes foram apreendidos objetos como facas, artefatos explosivos, além de maconha e cocaína.
Cinco adolescentes foram detidos e liberados após uma audiência de custódia na delegacia do torcedor em Pernambuco. Este episódio isolado, segundo a polícia, aconteceu horas antes do ataque ao ônibus com a delegação do Fortaleza após a competição pela Copa do Nordeste. Seis jogadores ficaram gravemente feridos. Mesmo assim, o ônibus foi autorizado a seguir viagem com os torcedores cearenses, que tiveram o destino final o estádio onde aconteceria a partida.
O que aconteceu:
Uma força tarefa dos órgãos de segurança de Pernambuco tenta identificar os suspeitos que atacaram o ônibus com a diretoria e jogadores do Leão. A polícia não soube explicar a reportagem, porque liberou o ônibus com torcedores do tricolor cearense , mesmo com o flagrante de droga e bomba caseira.
“A Polícia Civil de Pernambuco informa que todos os fatos relacionados à partida de futebol ocorridos no último dia 21 de fevereiro estão sob investigação. Sendo assim, nao é possível fornecer informações no momento”
A diretoria do time do Sport vai usar o episódio em defesa:
A reportagem ouviu Rodrigo Guedes, advogado e vice presidente jurídico do Sport. Ele questiona as autoridades policiais por terem liberado o ônibus, mesmo depois do flagrante de drogas e artefatos explosivos.
“Na segunda feira, 26, vamos emitir ofícios a todos os órgãos de segurança do estado para questionar o por que esse ônibus com torcedores do Fortaleza conseguiu entrar no estado, mesmo com o flagrante de drogas e bombas. O mesmo ônibus, como já sabemos, tinha um encontro marcado com a torcida organizada “Inferno Coral” do time do Santa Cruz no estádio do Arruda. Porque a TUF marcou encontro com uma torcida adversária ao Sport? Na certa, vieram arrumar briga por aqui. É assim que funcionam essas coligações de organizadas. Isso não é organização de torcida, são gangues criminosas. Não temos poder de polícia para monitorar ações criminosas como essas. Infelizmente aconteceu com a delegação do Fortaleza. Quem nos garante que essa torcida da TUF não veio pra atacar o Sport ? Vamos usar tudo isso, sim , em nossa defesa”.