A cidade de Tóquio, que recebe a Olimpíada, está se preparando para enfrentar uma tempestade que já começa a atrapalhar a programação das competições nesta semana, embora os surfistas estejam esperando que a mudança de tempo seja favorável.
Os padrões climáticos do verão quente, úmido e instável do Japão têm sido uma preocupação persistente desde antes dos Jogos, que já estão sendo realizados sob estado de emergência da Covid-19 um ano depois de a pandemia ter adiado o grande evento do calendário esportivo.
O surf brasileiro começou bem nas Olimpíadas de Tóquio.
Até agora, a tempestade tropical Nepartak não parece trazer ameaça de devastação para a capital do país. Na verdade, prevê-se que ela irá enfraquecer no momento em que alcançar Tóquio, por volta de terça-feira.
Mas chuva e vento devem chegar após o calor intenso, que já causou o colapso de um arqueiro olímpico e fez os skatistas reclamarem de condições insuportáveis às 9h da manhã.
O calor sufocante de Tóquio em julho, quando altas temperaturas em torno de 35 graus Cº combinam com umidade semelhante à de uma sauna, levou os organizadores a moverem a maratona para o norte, em Hokkaido.
A tempestade que se dirige para a costa leste do Japão pode aumentar os níveis de esgoto na baía de Tóquio nos esportes aquáticos — caso as fortes chuvas sobrecarreguem o sistema de drenagem centenário da cidade Tóquio. Níveis perigosos da bactéria E.coli forçaram o cancelamento, há dois anos, de um triatlo paralímpico nas águas da baía.
A programação do remo na próxima terça-feira foi suspensa, com regatas remarcadas para o final da semana. Os eventos de remo da segunda-feira já haviam sido transferidos para o domingo, se antecipando à chegada da tempestade.