Ao menos 15 civis morreram e mais de 100 ficaram feridos nesta sexta-feira (28) pelos foguetes disparados pelos rebeldes contra os bairros do oeste de Aleppo, sob controle do regime, informou uma ONG.
“Todas as facções do Jaish al-Fatah (uma coalizão rebelde que reúne os principais movimentos extremistas e islamitas) anunciam o início da batalha para romper o cerco de Aleppo”, disse à AFP Abu Yussef al Muhajir, comandante militar e porta-voz do grupo islamita Ahrar al Sham.
A batalha “colocará fim à ocupação dos bairros oeste por parte do regime e ao cerco imposto ao nosso povo em Aleppo”, acrescentou.
Desde julho de 2012, esta região que foi a capital econômica do país está dividida em dois, entre os bairros nas mãos dos rebeldes no leste, e os controlados pelo regime de Bashar al-Assad, no oeste.
O controle de Aleppo, a segunda cidade da Síria, se converteu há meses em chave na guerra que devasta o país desde 2011 e que deixou 300 mil mortos até agora.
Os rebeldes dispararam “centenas de foguetes contra os bairros do oeste, matando 15 civis e ferindo outra centena”, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que se informa com fontes em terra.
Os bombardeios são acompanhados por violentos combates perto das zonas governamentais de Aleppo, onde ocorreram muitos atentados suicidas em um posto de controle em Dahiyet al Assad, um bairro ocidental, indicou o OSDH.
A ONG também registrou disparos de foguetes no aeroporto militar de Nayrab e no aeroporto internacional de Aleppo, situado nos arredores da cidade, mas controlado pelo governo.
Por sua vez, no oeste do país, os insurgentes da província rebelde de Idlib lançaram ataques contra a região de Latakia, um reduto do regime, que deixaram um morto e 10 feridos.
Vários foguetes atingiram o aeroporto de Hmeimim, situado ao sul da cidade de Latakia e utilizado pelo exército russo, aliado do regime.
A cidade de Qardaha, de onde procede a família Assad, também foi atacada com foguetes, disse o OSDH.
Em Aleppo, as forças do regime responderam com artilharia e realizaram ataques na periferia sul e oeste da cidade, segundo o OSDH.
Os bairros no leste da cidade estão sob o cerco desde 17 de julho. E desde 22 de setembro vivem uma intensa campanha de bombardeios do regime e da Rússia, a quem os ocidentais acusam de crimes de guerra.