O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desembarcou nesta segunda-feira (27) na Etiópia, na segunda etapa da viagem dele pelo continente africano.
Obama está esbanjando simpatia e descontração nessa visita a países da África. Mas na Etiópia, o presidente americano deixou a dança de lado para falar de terrorismo.
Ele pediu que o governo etíope ajude no combate aos integrantes do al-Shabab, que tem ligações com a al-Qaeda. No domingo (26), eles detonaram um caminhão cheio de explosivos no principal hotel de Mogadíscio, capital da Somália. Pelo menos 15 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
O primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, concordou que os países da região têm que trabalhar juntos contra o al-Shabab e disse que esse ataque foi um aviso que precisa ser respeitado.
Aliás, respeito foi o que Obama pediu ao governo etíope. Mais respeito aos direitos humanos no país onde as mulheres são mutiladas e obrigadas e se casar, onde gays e jornalistas são perseguidos e onde a corrupção rouba 250 mil empregos.
Lá na África, Obama não escapou dos problemas domésticos. Ele teve que falar sobre a eleição presidencial americana, que é só no ano que vem, mas que já está pegando fogo.
Mike Huckabee, um dos 16 pré-candidatos do Partido Republicano à presidência, comparou o acordo nuclear fechado por Obama com o Irã ao Holocausto. Ele acusou o presidente de estar mandando os israelenses para o forno. O presidente respondeu: “Seria ridículo se não fosse tão triste. O povo americano e o debate presidencial merecem um nível melhor.”