Muita gente gosta de decretar o fim do rádio. Afinal, vivemos na era dos streamings, das redes sociais e das telas infinitas. Mas basta um olhar mais atento, ou um simples giro no dial, pra perceber que o rádio não só sobreviveu, como se transformou ao longo dos anos e décadas.
Novos dados da Kantar apontaram que 79% dos brasileiros ainda ouvem rádio, passando em média quase quatro horas por dia sintonizados em programações informativas e musicais. E o formato se reinventou: hoje, está no YouTube, nos aplicativos das grandes emissoras de TV, nos streamings e até nas assistentes virtuais, como a Alexa e por trás do “Ok, Google!”. O que antes exigia um rádio de pilha, agora cabe na palma da mão — ou responde ao comando de voz.
O segredo dessa longevidade vai além da tecnologia. O rádio continua sendo companhia, voz amiga e fonte de credibilidade. É o som que informa no trânsito, acolhe nas manhãs de trabalho e conecta pessoas nas cidades pequenas e nas grandes metrópoles. E, mesmo com a avalanche da era digital, o rádio segue sendo o meio de maior alcance diário no Brasil.
Entretanto, o mais impressionante nessa pesquisa do Kantar, é enxergar no mercado também essa força: são R$ 2,5 bilhões movimentados em publicidade, e quase metade dos ouvintes afirmam já ter comprado algo depois de ouvir um anúncio no rádio. Um dado que revela mais que consumo, comprova a confiança no que se ouve no rádio.
O rádio não acabou. Ele apenas trocou de frequência, se adaptou aos novos tempos e segue fazendo o que sempre fez de melhor: comunicar com emoção, verdade e proximidade.
