Nove palestinos, incluindo uma idosa de 60 anos, morreram nesta quinta-feira (26) durante uma operação do Exército de Israel em Jenin, na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Foi um dos maiores números de mortos em um só dia em conflitos entre israelenses e palestinos dos últimos anos. Só em 2023, 29 palestinos morreram durante confrontos com as forças de Israel. No ano passado, foram mais de 200 mortos, um recorde.
A operação do Exército israelense ocorreu dentro de um campo de refugiados na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada – território conquistado por Israel da Jordânia na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Tel Aviv alegou que cumpria um mandado de prisão a um homem acusado de ter ligações com a Jihad islâmica – grupo armado que prega a destruição do Estado judeu.
A ministra da Saúde palestina, Mai Al Kaila, afirmou que, ao fim da busca pelo suspeito, militares israelenses “jogaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo” na ala pediátrica de um hospital de Jenin, “o que provocou a asfixia de algumas crianças”. Israel nega.
“Ninguém disparou gás lacrimogêneo deliberadamente contra um hospital (…), mas a operação ocorreu não muito longe de um hospital e é possível que o gás lacrimogêneo tenha entrado por uma janela aberta”, alegou um porta-voz do Exército israelense à agência de notícias AFP, rejeitando as acusações palestinas.