O número de mortos pela explosão de um oleoduto na cidade de Tlahuelilpan, no estado de Hidalgo, na região central do México, subiu para 85 neste domingo (20). O trabalho de busca por vítimas já foi encerrado.
“Tinhamos anunciado de manhã que eram 79 mortes, mas, nas últimas horas, outras seis pessoas morreram, totalizando 85”, explicou em entrevista coletiva o ministro de Saúde do México, Jorge Alcocer.
O número de feridos caiu de 60 para 58. Além das seis pessoas que morreram nos hospitais, outras duas receberam alta.
O governador de Hidalgo, Omar Fayad, ressaltou a dimensão da tragédia e afirmou que os familiares das vítimas vão receber ajuda do poder público para enterrar seus parentes.
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Fayad também prometeu que as equipes de resgate e investigação continuarão trabalhando no local do incidente. Segundo ele, os peritos encontraram restos mortais de 68 pessoas perto do oleoduto e nove corpos já foram identificados por familiares das vítimas.
As autoridades do México estão realizando exames de DNA para cruzar as informações com os restos mortais encontrados na área da explosão.
Muitos dos corpos não estão em condições de identificação. “Falta um longo caminho para percorrermos. Podem ser horas, dias, semanas ou meses para identificação dos restos mortais”, afirmou.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou que não se esquecerá da tragédia e garantiu que as investigações vão continuar até que os responsáveis pela explosão sejam encontrados.
Na tarde de sexta-feira, um grupo de moradores de Tlahuelilpan rompeu um oleoduto de gasolina e começou a coletar, de forma muito rudimentar, com baldes e vasilhas, o combustível.
Após cerca de duas horas, apesar da presença do Exército que pouco fez para controlar as centenas de pessoas que se aproximaram do oleoduto, foi registrada uma forte explosão.
O combate ao roubo indiscriminado de combustível é uma das prioridades do governo de López Obrador. Segundo o governo, a Pemex, a petrolífera estatal, perde bilhões de dólares todos os anos com esse tipo de atividade ilegal.
López Obrador determinou um reforço de segurança nos oleodutos e que a gasolina passasse a ser transportada em caminhões-pipa. A mudança gerou uma crise de abastecimento em dez estados, entre eles Hidalgo, com postos de gasolina fechados e a população em pânico pela escassez de combustível.