Além do desgaste institucional criado nesta semana, a decisão de Neymar em não se reapresentar ao Paris Saint-Germain na última segunda-feira (08), assim como todos os outros jogadores do elenco, poderá resultar em um prejuízo milionário nos cofres do atacante. Segundo informações divulgadas pela revista Veja, o contrato do craque com o clube francês prevê um ‘bônus ético’ na ordem de 375 mil euros (cerca de R$ 1,6 bilhão), que não deverá ser pago ao camisa 10.
Esta bonificação prevê o cumprimento de doze regras de comportamento estipuladas pelo clube francês. Segundo a publicação, um dos pontos observados diz respeito à pontualidade.
“Ele não apareceu na reapresentação. Ele deveria ter chegado, mas não chegou. Mas sabia que deveria estar aqui. Nós vamos estudar as medidas que podem ser tomadas como faríamos com qualquer empregado”, disse Leonardo, diretor esportivo do PSG, em entrevista ao jornal Le Parisien.
Em rota de colisão com o Paris Saint-Germain após ser a ausência na reapresentação do elenco na última segunda-feira (08) na capital francesa, Neymar tem ‘relação sem volta’ com o clube francês, segundo publicou o jornal Le Parisien. De acordo com a publicação, o craque brasileiro irritou a diretoria do PSG ao adiar o seu retorno a Paris para o próximo dia 15, uma semana após o restante do grupo. E diante disso, sua saída do gigante francês é uma questão de tempo.
Segundo alegado por Neymar da Silva, pai do atacante, a reapresentação de Neymar ao PSG apenas em 15 de julho se dará por compromissos comerciais do jogador com o Instituto Neymar Jr, que atende crianças carentes no litoral de São Paulo. Nos dias 12 e 13 o jogador participará de um evento da entidade em parceria com um de seus patrocinadores. A informação, no entanto, foi rebatida pelo Paris Saint-Germain, que se mostrou surpreso com a ausência do brasileiro em Paris nesta semana.
Segundo o jornal Le Parisien, a presença de Neymar no evento do Instituto não seria um problema por ocorrer nos dias em que o brasileiro estaria inicialmente de férias por conta da Copa América. A ruptura ligamentar no tornozelo direito, que resultou na desconvocação do atacante para a Seleção Brasileira, no entanto, mudou tudo. E a chegada de Leonardo como novo diretor de futebol reforçou a postura parisiense.
Ainda de acordo com a publicação, o Paris Saint-Germain vive uma situação dura nos bastidores: ao mesmo tempo em que punirá o craque brasileiro para mostra-lo como um ‘jogador normal’ do elenco, precisará ter o cuidado para não desvalorizar Neymar no mercado europeu. E correrá agora contra o tempo para encontrar uma solução para o caso.
Sabendo que o Barcelona é o grande sonho de Neymar, o PSG trabalhava antes com a cifra de 300 milhões de euros (R$ 1,2 bilhão) para negociar o jogador. Agora passa a considerar um valor muito abaixo desse, assim como a inclusão de outros nomes na negociação. O clube catalão tem acenado com jogadores como Philippe Coutinho, Ousmane Dembélé, Malcom e Ivan Rakitic.