Esqueça o Neymar “fominha” contra a Suíça. Deixe de lado também o jogador irritadiço diante da Costa Rica. O camisa 10 que entrou em campo para encarar a Sérvia nesta quarta-feira, em Moscou, foi líder e um dos melhores em campo, para encarar a Sérvia nesta quarta-feira, em Moscou, foi líder e um dos melhores em campo, embora ainda tenha pecado nas finalizações. Neymar foi calmo, participativo e importante na vitória por 2 a 0, resultado que garantiu o Brasil na liderança do grupo E e classificado às oitavas de final da Copa do Mundo da Rússia.
O destaque de Neymar na partida fica para a assistência em cobrança de escanteio no gol de Thiago Silva. Segundos antes, ele levantou os braços e chamou a torcida do Brasil para gritar no estádio. A tradicional “pilha” no jogo, discutindo com adversários ou com o árbitro, foi trocada por um contágio positivo junto aos torcedores.
A atuação mostrou que Neymar teve o tão esperado controle emocional. Pendurado, não dirigiu ao árbitro nenhuma reclamação efusiva mesmo quando foi vítima da violência adversária. As ações de drible diante da marcação individual também muitas vezes eram evitadas com um simples toque para trás. Diferença nítida de postura em relação aos dois primeiros jogos.
O que também parece cada vez mais claro é Neymar como “só” mais uma peça do Brasil. No lance do gol de Paulinho, o camisa 10 aparece solto na ponta esquerda e em nada participa da jogada armada por Phillipe Coutinho. O que também não quer dizer que o time não precise do seu maior craque.
No ponto de vista da liderança, Neymar buscou palavras de incentivo aos companheiros a todo momento. Foi o primeiro a colar em Marcelo ao perceber a lesão: “Calma, calma”, disse ele, tentando tentou passar tranquilidade ao lateral. Quando Gabriel Jesus sentiu dores no pé, também foi o único a se aproximar com palavras de apoio e o pedido para que voltasse logo a campo.
Imagem: Stuart Franklin – FIFA/FIFA via Getty Images