47 anos de banda: esse é o tempo que os norte-americanos do Aerosmith têm de carreira já que foram formados em 1970 e desde lá tem chutado bundas com sua mistura certeira de blues, rock, e uma pitada de pop.
São 15 discos de estúdio, shows pelo mundo inteiro, público cativo e o que ficou bem claro no show do grupo no Rock In Rio: energia infinita.
Steven Tyler, vocalista da banda, mostrou que mesmo aos 69 anos de idade tem a voz praticamente intacta e não sofre com as corridas frequentes por todos os lados do palco.
O guitarrista Joe Perry, aos 67, mandou bem nos seus riffs clássicos e improvisações e como sempre foi parte fundamental das jams do grupo, que alterna muito bem seu setlist.
Com uma quantidade de hits que poderia muito bem arredondar um show inteiro, o Aerosmith prefere alternar os sucessos como “Crazy”, “Cryin’”, “Dream On” e “Walk This Way” com jams inspiradíssimas do blues/rock e covers de nomes como Fleetwood Mac e The Beatles, com uma versão acelerada de “Come Together”.
Dessa forma, a banda reflete bem no show aquilo que sempre foi em estúdio: tem muito fã do grupo que é seguidor ferrenho da fase mais “conceitual” dos caras que se inspiraram em ícones do blues e tem outra parcela enorme que prefere os refrães grudentos entoados em discos como Nine Lives e Get A Grip. O mega hit “I Don’t Wanna Miss A Thing” foi entoado pelas 100 mil pessoas do local em um momento que já entrou para a história.