“A situação de Maguila é muito grave”, disse Irani Pinheiro, mulher do ex-lutador de boxe, em entrevista ao programaDomingo Legal, do SBT. Segundo ela, o seu marido está comendo pouco e com ajuda de uma sonda, perdeu muito peso e está muito emotivo: “Ele está chorando muito”.
“Agora que está numa situação mais emotiva, ele sempre chora. Ele já havia chorado antes, mas agora ele está mais sensível. Quando estou no quarto [do hospital] também, ele sente muito, ele chora”, confessou Irani.
Aos 56 anos, Maguila vem sofrendo de uma infecção por conta de um longo período de internação na Santa Casa de Misericórdia, em São Paulo: ele está no hospital desde o final de abril. Neste período, o ex-lutador descobriu um tumor no pulmão, além da sua luta contra o Alzheimer (que foi diagnosticado em 2010].
“Ele se alimenta por sonda, está comendo muito pouco. Ele emagreceu muito. Hoje ele está com 87 kg. Ele já vinha emagrecendo faz um tempo… Ele perdeu muita massa muscular, está muito debilitado. A situação é grave mesmo, não posso falar o contrário. Se estivesse bem, ele estava em casa. Às vezes ele sente e percebe isso”, continuou.
“Hoje a situação é grave, não é uma situação boa. A doença é degenerativa. Tem coisa que a gente não dá pra falar. Ele está assistindo. Ela é irreversível, é uma luta diária. Hoje ele está com a equipe médica. A doença é muito terrível…”, falou Irani..
Ela também explicou como foi o início da doença de Maguila e como conseguiu perceber algo estranho: “Ele começou ter lapso de memória muito grande. O Maguila sempre foi calmo, tranquilo. Brincava, nunca foi de brigar. Aí ele começou a se alterar, não dormir, ficar nervoso… Foi aí que procurei o médico e a gente começou a fazer o tratamento [para combater o Alzheimer]. Ele começou com o quadro um pouco depressivo e irritabilidade com coisas básicas”, revelou.
Maguila fez sua última aparição pública em Campinas, no enterro do narrador Luciano do Valle, em 20 de abril. O ex-lutador já vinha apresentando uma forma física bem mais magra do que se via nos anos anteriores ao seu diagnóstico, quando tentou uma carreira como cantor, em 2009, e se candidatou a deputado federal, em 2010.