Uma moradora de Mogi das Cruzes registrou boletim de ocorrência na tarde desta segunda-feira (29) por ter seu carro atingido por um cavelete de campanha eleitoral. O automóvel ficou amassado e ela pede ressarcimento dos danos. “Só quero que paguem o conserto. Acho esse tipo de propaganda muito infeliz. Poderia ter acertado o vidro do carro e eu estava com a minha filha, que ficou muito assustada”, conta a dona de casa Rejane Pitta Oliveira Conceição. Ela foi orientada pela polícia a procurar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para dar seguimento ao pedido.
Rejane conta que o incidente aconteceu na tarde da última sexta-feira (26). Ela levava a filha de 3 anos para a escola e dirigia pela Avenida Vereador Narciso Yague Guimarães quando sentiu o baque no carro. “O cavalete estava no canteiro central da avenida. Foi levado pelo vento e acertou o lado esquerdo da porta traseira. Depois ele voou por cima do carro. É bem o lado da cadeirinha da minha filha, que chorou muito e ficou assustada. Eu fiquei nervosa, estava chovendo muito”, conta.
A dona de casa conta que não havia nenhum peso amarrado ao objeto, nem funcionários da campanha no momento do acidente. O boletim de ocorrência foi registrado como de natureza não criminal e aponta que o cavalete tinha propaganda dos candidatos a deputado estadual e federal Luiz Fernando e Marcos Soares (PT). Rejane recolheu o cavalete e tentou registrar boletim de ocorrência no mesmo dia. “Fui na delegacia e me disseram que era para procurar a Polícia Militar. Procurei a PM e me disseram que como teve dano material eu teria que fazer um boletim de ocorrência na delegacia mesmo. Perdi o dia todo e só consegui ir na delegacia agora na segunda-feira”, diz.
“O delegado me orientou a fazer um orçamento do conserto do carro e entregar junto com o BO no Tribunal Regional Eleitoral para eles acionarem o partido”, conta.
A eleitora diz que rejeita este tipo de objeto de campanha. “É muito perigoso um negócio desses. Podia ter acertado uma pessoa. Hoje em dia tem internet, redes sociais, outras formas de fazer propaganda. Eu preferia até a minha casa cheia de santinhos do que esses cavaletes na rua”, conclui.
O candidato Marcos Soares afirma que não foi comunicado do ocorrido. “Fique sabendo pela imprensa, em nenhum momento fui informado da situação e me causou uma certa estranheza. Fazendo a apuração dos fatos, é óbvio que a campanha vai se responsabilizar por essa situação e fazer o ressarcimento”.
“Queria ressaltar que a gente tem uma cautela muito grande com a colocação desses cavaletes. A gente escolheu isso pontualmente, colocando pesos, não passamos por isso ainda. E me causou estranheza não terem entrado em contato com a gente porque os endereços de campanha são públicos”, conclui o candidato.