Moradores de prédio interditado completam um mês fora de casa

Um mês após a chuva que provocou o desabamento do estacionamento de um prédio em Cachoeira Paulista (SP), os cerca de 120 moradores dos apartamentos continuam desalojados. Eles querem retornar para os imóveis, mas segundo a construtora, o local só deve ser liberado a partir de março.

No dia 16 de janeiro os dois blocos do residencial Bellavista, no bairro Jardim da Fonte, foram interditados por conta do incidente. As famílias desalojadas, morando na casa de parentes, amigos ou em pousadas.

Por isso, os últimos 35 dias foram de adaptação para a secretária Natalia Odorizzi, uma das desalojadas. Ela está na casa de uma amiga e, apesar de ter sido bem recepcionada por ela, considera um incômodo ficar longe de casa.

“Ainda bem que sou sozinha, então consegui um lugar com essa amiga. Mas é claro que sinto falta da minha casa. Tive que improvisar, não consegui nem trazer todas as minhas roupas. E também acho chato ‘invadir’ a casa de um casal. Isso não é confortável”, disse.

Para auxiliar os moradores durante esse afastamento, a Construtora Italiana, responsável pelo prédio, banca os custos de estadia dos moradores que precisam. As opções oferecidas são a hospedagem em uma pousada da cidade ou um auxílio mensal de R$ 2 mil para aluguel e alimentação.

Apesar da ansiedade pela liberação do apartamento, Natália não quer mais morar lá. “Não pretendo mais ficar lá, por isso estou construindo no fundo da casa da minha família. É claro que o acidente influenciou na decisão, depois disso qualquer chuva vai dar medo”, contou.

Outro lado
De acordo com construtora, um laudo comprovou que o acidente aconteceu por conta da chuva acima da média na ocasião, mas que a estruturas entre os prédios não foram afetadas.