Neste período de seca, a Prefeitura de Mogi das Cruzes tem investido em duas frentes de trabalho com o objetivo de evitar maiores problemas. Uma é a conscientização da população através de um trabalho realizado principalmente nas escolas e com a distribuição de informativos explicando como economizar. A outra ação é o combate rápido e efetivo aos vazamentos. “Reforçamos o plantão de atendimento e as equipes de ruas. Os vazamentos são fechados rapidamente, evitando assim o desperdício”, destaca o prefeito Marco Bertaiolli.
Segundo ele, Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae), autarquia que em Mogi das Cruzes faz a captação e tratamento da água, trabalha para que a rede tenha cada vez menos vazamentos e também para que os mogianos colaborem com medidas simples no cotidiano. Para que o sistema de água funcione melhor, uma série de obras estão sendo realizadas com o objetivo de aumentar a eficiência da distribuição de água – como, por exemplo, as setorizações e a modernização dos tubos.
Atualmente, o Semae está investindo R$ 9,5 milhões na setorização do distrito de Braz Cubas. As setorizações estão previstas no Plano Diretor de Água do Semae e consistem em subdividir grandes redes de abastecimento de água em sistemas menores. Isso facilita a manutenção e a identificação de vazamentos. No caso de Braz Cubas, a região é atendida pelo reservatório Santa Tereza, cuja água é fornecida pela Sabesp e adquirida pelo Semae.
“Como a água comprada da Sabesp é mais cara do que a produzida pelo Semae, as setorizações são importantes naquela área, pois a redução nas perdas significará uma economia maior para o Semae no futuro”, explica o diretor-geral Marcus Melo. A região será subdividida, a princípio, em duas zonas altas e duas zonas baixas, com 9 setores (sendo 3 nas Zonas Altas e 6 nas Zonas Baixas). As redes serão subdividas e passarão a ter cerca de 5 mil residências.
Com as setorizações e a subdivisão das redes em sistemas menores, o Semae instalará macromedidores nas redes. Estes macromedidores medem o volume total de água enviado ao sistema. A partir daí, o Semae fará a comparação do volume com o total micromedido (pelos hidrômetros residenciais). Se houver diferença, há um forte indício de perda, que é solucionado com manutenções no local.
As setorizações são previstas no Plano Diretor de Água como uma importante ferramenta de redução de perdas. Atualmente, as perdas estão em 48%, com redução gradativa. O índice é formado por de 70% vazamentos em rede e 30% por consumo de água não registrado (como fraudes, hidrômetros antigos, vazamentos internos, entre outros). O Semae tem adotado uma série de medidas para reduzir estas perdas. A autarquia constituiu, em 2011, um grupo permanente de funcionários encarregado de acompanhar a situação.
A autarquia montou também um Central de Controle Operacional (CCO), que analisa dados de regiões já setorizadas, informações de reservatórios e unidades descentralizadas, que passaram e passam por processo de automação, visando antecipar o acontecimento de vazamentos. O trabalho da CCO também auxilia na identificação de áreas com problemas, facilitando a elaboração de projetos de melhoria, como trocas de rede e implantação de registros, entre outros.
O Semae também tem investido em tecnologia, equipamentos e treinamento para combater os vazamentos de água. A autarquia investiu R$ 5,1 milhões na modernização da frota e hoje todos os carros contam com GPS. Isso traz mais agilidade às equipes na rua, facilitando seu deslocamento para pontos onde existem vazamentos.
Além disso, a autarquia vem modernizando o atendimento aos cidadãos pelo 115. Hoje o setor possui mais atendentes, informatizou o sistema de atendimento e consegue registrar as chamadas, além de gravá-las. É muito importante que os cidadãos façam o registro das chamadas pelo 115, o que agiliza o atendimento. Como o Semae trabalha por chamados, é muito importante que as pessoas utilizem este número para solicitar manutenção. (MAS)