Uma semana após o início dos ataques em que mais de 50 cidades do Rio Grande do Norte foram alvo de atos de violência e vandalismo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi ao Estado e disse que a situação causada por facções criminosas está melhorando progressivamente: “Em nenhum momento eu disse que a situação estava sob controle, eu disse controle progressivo. Controle progressivo significa taxas declinantes. Então, a situação de ontem, que não é ainda a que nós desejamos e vamos conseguir, mas é muito melhor do que há dois ou três dias atrás, porque nós saímos de centenas de ataques para menos de dez. É isso que eu chamo de controle progressivo”. O ministro também anunciou o aporte de R$ 100 milhões na segurança pública do Estado. O dinheiro sairá dos recursos extras do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional. De acordo com Dino, o Governo Federal também assumirá o custo de três obras importantes no Complexo da Polícia Civil, no Regimento de Cavalaria da Polícia Militar e na Polícia Científica do Estado
“Essas despesas serão assumidas pelo Governo Federal e pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, o que vai permitir que a senhora governadora dirija esses recursos que iriam para essas obras, para a aquisição de viaturas e armamentos imediatamente. Portanto nós estamos liberando capacidade de investimento do governo estadual”, explicou Dino. A expectativa é que com a nova verba seja possível ampliar os investimentos em penitenciárias, dobrar o número de viaturas alugadas e adquirir veículos, câmeras para uso de policiais e aparelhos de raio-x. O governo já destinou R$ 5 milhões para conter as ações que começaram na madrugada da terça-feira passada, 14.
O último balanço divulgado registrou 284 ataques a prédios públicos comércios e veículos até domingo, 19. Foram presos 137 suspeitos. Entre os detidos, estão 6 adolescentes, 14 foragidos da Justiça recapturados e três usuários de tornozeleira eletrônica. Foram apreendidas 38 armas de fogo, 5 simulacros de arma de fogo, 106 artefatos explosivos, 28 galões de combustíveis, 14 motos, 2 carros, além de dinheiro, drogas e munições. Cerca de 700 policiais de diversas forças federais atuam na região.