A quarta temporada do The voice Brasil estreia com uma mudança que reflete o padrão norte-americano. Por diferentes motivos, a versão estrangeira costuma alterar o time de técnicos a cada edição. Ainda no nicho de sertanejo, Michel Teló ocupa a cadeira vermelha deixada por Daniel na nova fase da atração, que estreia hoje, na TV Globo, às 22h40, após a novela A regra do jogo. Claudia Leitte, Carlinhos Brown e Lulu Santos permanecem como técnicos da produção. O apresentador Tiago Leifert segue à frente do programa.
Em coletiva de imprensa, o diretor Creso Eduardo Macedo ressaltou que o programa teria mais emoção e uma disputa mais acirrada. O formato ganha uma nova fase, chamada Rodada de Fogo, na qual cada time será formado por sete participantes e os técnicos poderão escolher três para irem direto à etapa dos shows ao vivo.
Com isso, a disputa pelo prêmio de R$ 500 mil e um contrato com a Universal Music será constituída por: audição às cegas, batalhas, rodadas de fogo, shows e final. Entre outras mudanças, a atriz Dani Suzuki substituirá Fernanda Souza (atualmente em A regra do jogo) como repórter do programa. A final será no dia 25 de dezembro uma sexta-feira.Michel Teló foi anunciado como novo técnico programa em abril. Com o reality musical, o cantor sertanejo prolonga as aparições na televisão, que se intensificaram com a série Bem sertanejo, apresentada por ele no Fantástico (TV Globo). “Gostei muito da experiência e do projeto. Foi sensacional! Não temos nada programado para dar continuidade”, comenta, em entrevista ao Viver. A relação do artista com televisão é também como espectador. Assiste a seriados como Game of thrones e Breaking bad.
>> Entrevista com Michel Teló
Como se preparou para participar do programa?
Sou grande fã do The Voice Brasil, assisti todas as edições anteriores e acompanhei a última temporada do norte-americano. Acho que essa foi a melhor forma de me preparar para esse novo desafio. Já era e sou fã do The voice Brasil. Assisti a todos. A audição às cegas é muito legal. Traz uma grande expectativa para ver qual técnico virará a cadeira e quem passará para a próxima fase, mas a parte das batalhas é maravilhosa porque sempre são montados grandes espetáculos e os técnicos conseguem tirar o melhor dos candidatos.
Daniel demonstrou ser exigente, sobretudo no estilo sertanejo. Você será assim?
Assumir o lugar do Daniel é uma responsabilidade muito grande. O Daniel é um dos maiores artistas do Brasil, uma pessoa maravilhosa, insubstituível. Vou dar o meu melhor para representar o nosso segmento e valorizar a música da melhor forma. Espero que eu consiga substituí-lo à altura, junto com toda a família The voice Brasil.
Apesar de reconhecido mundialmente, o formato é alvo de alguns questionamentos. Há uma série de críticas sobre a forma como os participantes se inserem ou não no mercado da música. O que falta para eles conseguirem estender os 15 minutos de fama?
Acho que não é verdade. Faço muitos festivais no interior e encontro talentos e artistas que foram revelados no The voice Brasil. No ano novo, por exemplo, fiz um show com os finalistas do The voice. A carreira muda, as oportunidades aparecem, a vida muda. Mas nem sempre as pessoas ficam sabendo disso. O aprendizado que eles têm no programa, eles levam para a vida. É uma oportunidade única que eu gostaria de ter tido.
Como você se prepara para os shows? Ainda faz aula de canto e instrumento?
Minha voz é minha principal ferramenta de trabalho. Cuido muito dela, estou sempre fazendo exercícios de aquecimento e desaquecimento e nunca deixarei os exercícios de canto. Quero melhorar sempre. Tenho um ritual pesado de preparação antes dos shows exatamente para preservar e preparar da melhor forma a minha voz.
Quais serão os seus critérios para avaliação?
Os candidatos que cantarem com emoção e conseguirem passar essa emoção pela voz serão aqueles que vou tentar trazer para o meu time. Eles têm que cantar com e para o coração, não para o ouvido.
Como está sua carreira internacional atualmente?
Continuo com muito pedidos, mas nosso foco é o Brasil e não temos feitos muitos shows fora. A agenda de shows no Brasil não tem permitido sair muito. Esse ano fiz alguns pela América latina que curti muito.
Dos artistas que já passaram pelo programa, de quais você gostou mais?
Gosto muito do Danilo Reis e Rafael que ganharam a temporada passada. Eles têm uma pegada própria, uma voz sensacional e chamou a atenção de todos.