Preso no Egito depois de ser acusado de assédio verbal a uma vendedora, o médico e influenciador digital Victor Sorrentino retornou neste domingo (6/6) ao Brasil, depois de ser liberado por autoridades locais.
Médico preso por assédio sexual no Egito volta ao Brasil
Na publicação, ele pergunta a uma vendedora local em português: “Elas gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”. No que a mulher sorri sem graça ao não entender o que o médico dizia.
O vídeo foi publicado por Sorrentino em seu perfil, que soma quase 1 milhão de seguidores no Instagram.
A prisão foi fruto de um movimento iniciado por brasileiros e expandido por ativistas feministas egípcias. Essa articulação fez com que as ofensas verbais contra a vendedora de papiros chegassem a autoridades do país, que agora o acusam formalmente e estenderam a sua prisão.
Ele inicialmente ficaria preso até quarta-feira (2/6), mas a Justiça do Egito estendeu a pena por mais quatro dias.
Victor Sorrentino foi acusado de expor a vítima a insinuação sexual verbal, cuja pena é de 6 meses até 3 anos de prisão e multa não inferior a EGP 5.000 (cerca de R$1.643), ou uma das duas penalidades; transgressão contra os princípios e valores familiares da sociedade egípcia, com pena mínima de 6 meses de prisão e multa não inferior a EGP 50.000 (cerca de R$16.429), ou uma das duas penalidades; violação da santidade da vida privada da vítima e uso de conta digital privada para cometer esses crimes, ambas acusações também sujeitas a pena mínima de 6 meses de prisão e multa não inferior a EGP 50.000, ou uma das duas penalidades.
O caso de Sorrentino estava sob investigação do Ministério Público egípicio e o médico, até então, permanecia impedido de deixar o país. O órgão mantinha o brasileiro detido em prédio público do governo local.
Sorrendito também oferecia consultas em Portugal mesmo sem ter autorização para exercer a medicina no país europeu. Cada consulta custava até 350 euros, cerca de R$ 2.100.