Um homem de 28 anos confessou nesta quinta-feira (24) que assassinou a esposa e forjou a morte dela em um acidente na serra de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Ele já estava preso desde terça-feira (24) após seu depoimento apresentar contradições. Dois boletins de ocorrência já tinham sido registrados pela vítima – um por lesão corporal e outro por ameaça – contra ele.
De acordo com a Polícia Civil, o homem confessou o crime após o resultado do laudo do Instituto Médico Legal. As provas técnicas comprovaram uma pancada na cabeça e uma meia foi encontrada no esôfago da vítima. O laudo ainda apontou que ela não havia ingerido fumaça.
“Confrontamos as provas com o depoimento dele e ele não teve como contestar. Ele confessou que cometeu o crime ainda em São Paulo e que simulou a viagem para Ubatuba e o acidente para se livrar da culpa”, afirmou o delegado Fausto Cardoso, responsável pela investigação.
O crime aconteceu ainda em São Paulo, na residência do casal. A polícia informou que o suspeito confessou o crime e disse que começou a discutir com a mulher porque achava que ela mantinha um outro relacionamento.
Em depoimento à polícia, o homem contou que deu um golpe mata-leão na esposa, que desmaiou e bateu a cabeça. Em seguida, arquitetou o plano para forjar o acidente, mas quando a levou para o carro percebeu que a mulher ainda estava viva. O suspeito pegou a fralda da criança, tampou a boca dela e a deixou no carro com os vidros fechados até ela morrer.
Em seguida, ele entrou no carro, viu que ela estava sangrando e colocou uma luva dentro da boca dela para não sujar o veículo.
“Depois ele foi para o posto de combustível, abasteceu o carro, comprou um galão para incendiar e ainda voltou para casa para deixar documentos importantes. Ele foi para a serra e forjou o acidente usando o galão de combustível”, contou o delegado.
A Polícia civil indiciou o homem por homicídio doloso e irá fazer a reconstituição para remontar a versão dada por ele com a confissão. “Temos que ter essa cautela para ver como foi feito e saber se ele não queria que o filho morresse também e só não o fez porque outros motoristas pararam para ajudar”, afirmou.
O delegado informou que irá pedir a prisão preventiva do suspeito assim que finalizar o inquérito. A criança passa bem e está com familiares em São Paulo.