Colocada à venda em leilão, a mansão de Hebe Camargo não recebeu qualquer oferta e pode permanecer sem um novo dono. O imóvel está localizado no bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, e tem cerca de 962 metros quadrados (m2). Avaliada em R$ 8,2 milhões, a casa chegou a ser oferecida por um valor mínimo de R$ 4,1 milhões — levando os herdeiros a contestarem o valor e fazendo com que a venda fosse suspensa. Hebe morreu em setembro de 2012, aos 83 anos.
Como de praxe, o leilão foi realizado em duas praças (datas de arremate): a primeira foi em setembro e a segunda, no último dia 21 de outubro. No entanto, em nenhuma das ocasiões algum interessado fez ofertas para a mansão. “Como se trata de um leilão judicial, o imóvel vai retornar para uma análise do mesmo juízo que liberou o primeiro leilão. Após isso, o juiz decidirá se o imóvel entra novamente”, disse ao InfoMoney a Zuk, que realizou o evento com a leiloeira Dora Plat.
Vale lembrar que o filho de Ravagnani contestou o valor mínimo definido para arrematar a mansão. De acordo com informações obtidas pelo Uol, no laudo pericial, feito em 2022, o imóvel foi avaliado em R$ 8,2 milhões, por isso ele chegou a ser oferecido a 50% desse preço na segunda praça. Com a contestação feita na Justiça por Lélio Ravagnani Filho, o desembargador Alexandre Malfatti suspendeu as negociações da casa.
O que vai acontecer com a mansão de Hebe Camargo?
Embora a penhora da mansão em que a apresentadora Hebe Camargo viveu tenha tido a venda suspensa, a decisão não é permanente. “O credor pode requerer que o bem seja levado novamente a leilão, cumprindo todas as obrigações e prazos legais”, explica Marcos Poliszezuk, sócio do Poliszezuk Advogados.
Além disso, o advogado ressalta que o valor estipulado na avaliação feita pelo perito técnico leva em conta as condições atuais do imóvel, aplicando a devida desvalorização em razão de possíveis deteriorações. “Serão levados em consideração todas as caraterísticas do imóvel para esta avaliação, como localização, área do terreno e área construída, deteriorações, entre outros aspectos”, afirma Poliszezuk.