A sede do governo do Espírito Santo foi desocupada pelos manifestantes após 8 horas de negociação, por volta das 23h07 desta terça-feira (8). Membros de movimentos sociais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento Sem Terra (MST), do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e do Fórum de Mulheres do Espírito Santo participaram do ato.
A CUT, o MST e o MPA questionam o funcionamento irregular de escolas em assentamentos no interior do estado. O Fórum de Mulheres fez, pela manhã, dentro do ‘Bloco das Feministas na rua contra o machismo, o racismo e o capital’, uma passeata pelas de Vitória pedindo direitos iguais, no Dia Internacional da Mulher. Os grupo disse que apoia as reivindicações dos outros movimentos e, também, ocupou o Palácio Anchieta.
A organização do movimento estimou que 2 mil pessoas participaram da ocupação do Palácio Anchieta. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) foi procurada pelo G1 e ainda não se manifestou sobre a estimativa da Polícia Militar.
Negociações
Os manifestantes negociaram com o secretário da Casa Civil, Paulo Roberto Ferreira, e outros representantes do governo, na noite desta terça-feira. O governador Paulo Hartung não participou do encontro.
Segundo Paulo Roberto Ferreira, a negociação foi tranquila e não houve depredação nas dependências do Palácio Anchieta.
“A negociação exigiu muito equilíbrio e muita tranquilidade. Eles conquistaram a agenda com o governador no dia 28 de março. O pleito principal está focado nas escolas de assentamento. O Governo está analisando todas as pautas e inclusive já houve avanços na construção de barragem”, contou o secretário.
A reunião com os movimentos sociais presentes na ocupação foi marcada para o dia 28 de março, às 14h no Palácio Anchieta.
Uma outra reunião está marcada para a sexta-feira (11) entre membros dos movimentos sociais e o secretário da Educação, Haroldo Rocha. Será discutida uma proposta de diretrizes para a pedagogia de alternância.