Mil e quinhentos empregadores da região têm dívidas relacionadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os números são da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Em um levantamento com as cinco maiores devedoras, o montante chega a R$ 48,6 milhões.
O governo anunciou na última semana a liberação do FGTS para trabalhadores com saldo tanto em contas ativas como inativas. Entretanto, para trabalhadores que não tiveram o dinheiro depositado pelos empregadores, esse saque não será possível.
No Vale do Paraíba, segundo os dados, 1.526 empregadores devem o benefício a empregados e ex-empregados. Nesse caso, o trabalhador pode tentar reaver o dinheiro acionando a Justiça do Trabalho.
O FGTS é um direito do trabalhador com carteira assinada. Até o dia 7 de cada mês, os empregadores devem depositar em contas abertas na Caixa Econômica Federal, em nome dos empregados, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário. Quando a data não cair em dia útil, o recolhimento deve ser antecipado. O fundo não acarreta desconto no salário, pois se trata de uma obrigação do empregador.
De acordo com o levantamento as cinco maiores devedoras na região e os débitos delas são:
- Nobrecel Celulose de Pindamonhangaba, R$ 12.614.545,77
- Pelzer em Taubaté, R$ 9.528.915,68
- Tecserviços de São José dos Campos, R$ 9.528.915,45
- Associação Beneficente Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira Paulista, R$ 8.978.831,97
- Italspeed Automotive de Caçapava, R$ 8.056.533,88
-
A lista de devedores é pública e pode ser acessada neste link da PGFN.
Outro lado
A Nobrecel Celulose, Associação Beneficente Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira Paulista e Italspeed Automotive foram procuradas, por telefone e email, na última sexta-feira (2) mas não retornaram até a publicação desta reportagem.