Mais de 100 alunos da rede municipal de ensino de Queluz, no interior de São Paulo, apresentaram sintomas de intoxicação alimentar após consumir a merenda servida na tarde desta terça-feira (29) nas escolas da cidade.
Cerca de 105 crianças de cinco escolas diferentes tiveram sintomas como náusea, vômito e diarreia. As aulas nas escolas da rede municipal foram suspensas nesta quarta (30) e o caso é investigado pela Polícia Civil.
Segundo o boletim de ocorrência, a merenda foi fornecida pela cozinha piloto – responsável por fazer a merenda da rede municipal e distribuir nas unidades. As crianças se alimentaram por volta das 15h, no momento do intervalo. O registro policial aponta que o município teria servido arroz, frango, macarrão e feijão.
Por volta das 19h, os pais começaram a procurar atendimento na Santa Casa da cidade, que ficou superlotada com a demanda por atendimento. A unidade informou que várias crianças foram atendidas com os sintomas, mas a maioria foi liberada. Na manhã desta quarta-feira (30), duas crianças ainda passavam por atendimento na unidade.
O filho de nove anos da Luciana Ribeiro chegou em casa com febre e vômito. “Assim que ele chegou eu estranhei e liguei na escola. A direção disse que ele tinha se queixado de dor, mas só. Ele foi atendido na Santa Casa e depois que a sétima criança chegou com o sintoma foi que começamos a relacionar com a merenda. Eu quero respostas sobre o que aconteceu com eles”, diz. A criança estuda na escola municipal Arco-Íris, que fica ao lado do local responsável pela entrega da merenda.
Segundo a Santa Casa, foram atendidas 105 criança e três adultos com diagnóstico de gastrointerite. Todos os funcionários da unidade foram acionados para auxiliar no atendimento da demanda. O plantão para o socorro dos envolvidos foi das 19h de terça às 2h de quarta-feira (30), com uma média de vinte atendimentos por hora.
Investigação
De acordo com a polícia, a perícia técnica esteve no local para a coleta do material servido, e encaminhou ao instituto Adolfo Lutz, em Taubaté (SP). Ainda não há prazo para emissão do laudo. A polícia informou ainda que vai ouvir os pais das crianças e funcionários da cozinha piloto.