O Alasca se tornou ontem o terceiro Estado norte-americano a legalizar o uso recreativo da maconha, mas os defensores da legalização não esperam a realização de grandes celebrações, visto que permanece ilegal o consumo público da droga.
Na maior cidade do estado, Anchorage, policiais estão prontos para começar a distribuir as multas de US$ 100 previstas, para garantir que o consumo permaneça sendo feito entre portas fechadas. O Alasca se juntou aos Estados de Washington e Colorado a ter o consumo de maconha legalizado.
Uma das envolvidas na campanha pela legalização foi a repórter Charlo Greene. Ela trabalhava em um canal de TV do Alasca epediu demissão ao vivo em setembro. Na época, ela soltou um palavrão no ar, e disse que fez isso com objetivo de trazer luz ao debate em favor da legalização da maconha no Estado.
Greene, que trabalhava na emissora “KTVA”, um canal filiado à “CBS”, tinha terminado de apresentar uma notícia sobre o uso de maconha medicinal em Anchorage (Alasca), quando revelou que ela mesma era a proprietária do local.
“Dedicarei todas minhas forças em lutar pela liberdade e justiça, que começa por legalizar a maconha no Alasca. Para isso, não tenho mais alternativas do que deixar o programa. Estou indo embora”, disse ao vivo a jornalista.
Em novembro, os eleitores aprovaram a legalização com 53% dos votos a favor.
A medida entrou em vigor, entretanto, apenas nesta terça. A partir de agora, os adultos que vivem no estado podem não apenas consumir e ter maconha em sua posse, mas também podem transportá-la, cultivá-la e dá-la a outras pessoas.
Uma segunda fase do processo, que criará um mercado regulado e taxado, não começará antes de 2016. Enquanto a posse de maconha não é mais um crime no estado, consumir a droga em público renderá mula de US$ 100.