Passados cerca de cinco meses dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, instalações da Rio 2016 mostram sinais de abandono e obras de mobilidade caminham a passos lentos. O
Linha 4
A Linha 4, ligação de Ipanema, na Zona Sul, até a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, foi considerada o maior legado de mobilidade da cidade. Depois de quase 30 anos de espera, o carioca viu sair do papel a ligação, às vésperas dos Jogos. A inauguração foi com atendimento exclusivo ao público olímpico, com entrega à população em setembro, um mês depois.
O projeto tinha seis estações exclusivas. No entanto, apenas cinco delas foram concluídas: Jardim Oceânico, São Conrado, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz.
A estação na Gávea – uma espécie de apêndica no percurso – já era prevista para depois, para o primeiro semestre de 2017. Mas a estação está com 42% dos serviços de escavação concluídos e a previsão é que seja inaugurada no final de 2018. A crise do estado ainda pode causar novos atrasos.
Para terminar a obra, serão necessários cerca de R$ 500 milhões e o governo busca fontes de recursos. Procurado, o governo informou que o detalhamento do projeto está em elaboração.
No total, o investimento na Linha 4 é de R$ 9,7 bilhões, em recursos público e privado. O modal tem transportado, em média, 110 mil passageiros por dia.
BRTs
Transbrasil
A construção do último corredor do projeto do BRT, a Transbrasil, está parado desde agosto do ano passado, quando foi interrompida para a Olimpíada. A Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação informou que está traçando um plano de ação de retomada das obras. De acordo com a prefeitura, foram encontrados problemas nos contratos assinados pela gestão do ex-prefeito Eduardo Paes.
Segundo a secretaria, o contrato assinado pela prefeitura era referente ao trecho que liga o bairro de Deodoro à Passarela 2 da Avenida Brasil, no Caju. Ainda de acordo com a secretaria, em setembro de 2016 a antiga gestão da prefeitura autorizou a retomada das obras, mas o Consórcio não cumpriu a determinação de reiniciar. As empresas formadoras deste consórcio cobram valores que não estavam previstos no contrato, que está sendo revisto.