Keila Costa havia conquistado seu melhor resultado no salto triplo em Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, em 2007, quando subiu ao pódio na segunda colocação. Desde então, ela sofreu com lesões e não conseguiu competir em sua melhor forma. Mas nesta terça-feira, em Toronto, a brasileira voltou a ficar com medalha de prata na modalidade.
“Esse é um dos melhores anos da minha carreira. Em 2007, quando teve o Pan, eu estava muito bem, depois disso não consegui evoluir. Em 2014 mesmo tive muitas lesões. Todos os atletas que têm lesão ficam com a cabeça ruim, difícil de treinar. No último Pan tive uma série de lesões”
Keila conseguiu a marca de 14,50 metros na quinta tentativa, abrindo vantagem confortável diante das adversárias. A única atleta que conseguiu bater a brasileira foi a colombiana Caterine Ibarguen, que sobrou na disputa com 15,09 metros. O pódio foi completado pela também colombiana Yosiry Urrutia com 14,38 metros.
“A competição foi muito forte. Fiquei atrás só da melhor do mundo. Sabia que as meninas iam saltar acima dos 14 metros, mas esperava mais das cubanas”, afirmou.
Para se ter uma ideia do significado do bronze de Keila, no último Pan, de Guadajara, em 2011, ela nem subiu ao pódio. Agora, fez o sexto melhor salto triplo do ano. Além disso, seu segundo melhor salto foi um centímetro além da melhor tentativa da terceira colocada. Entre todas as participantes do salto triplo no Pan, ela era dona da segunda melhor marca do ano, atrás apenas da colombiana medalhista de ouro.
Apesar dos bons resultados das duas primeiras colocadas, eles não valem como índice para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 por causa do vento. As regras determinam que só são homologados saltos com velocidade do vento até 2 metros por segundo (7,2km/h) – metade do que se sentiu em Toronto nesta terça-feira.