A juíza Tula Mello, que atua no Tribunal do Júri do RJ, estava em um carro blindado quando ela e o marido, que estava em outro carro, sofreram um ataque a tiros na noite deste domingo, 30. O marido, João Pedro Marquini, policial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), morreu após os disparos.
O carro onde Tula estava também foi atingido, mas ela não ficou ferida.
O incidente ocorreu na noite deste domingo, na Estrada de Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Tula Mello, que preside o 3º Tribunal do Júri da capital fluminense, seguia em um veículo particular quando foram surpreendidos por criminosos armados.
A juíza dirigia seu próprio carro, desfazendo rumores de que estaria em um veículo oficial ou acompanhada por um motorista. O TJ/RJ esclareceu que o automóvel era de propriedade da juíza, e que ela estava sozinha no volante durante o incidente.
As circunstâncias do ataque ainda são objeto de investigação pela Delegacia de Homicídios da Capital. Duas hipóteses principais são consideradas: uma tentativa de roubo do veículo de Tula Mello, que teria provocado a reação armada de Marquini, e a possibilidade de o casal ter cruzado o caminho de um “bonde” de criminosos.
Após o ataque, os responsáveis teriam fugido em direção à Comunidade Cesar Maia, em Vargem Pequena, sem que houvesse prisões até o momento.
Quem é Tula Mello
Tula Mello é juíza de Direito do TJ/RJ, presidente do 3º Tribunal do Júri da Capital. Com uma carreira dedicada à área criminal, Tula se apresenta, nas redes sociais, como mãe e feminista.
Possui doutorado em Direitos Fundamentais e Novos Direitos, além de mestrado em Criminologia e Ciências Penais. Foi aluna da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
“Dedico minha carreira e meus estudos à área criminal, com ênfase na Defesa da Igualdade de Gênero e erradicação da violência contra a Mulher.”, diz Tula no Instagram.
Ela afirma que utiliza a mídia social para “ir além das salas de aula e do ambiente do Tribunal, tentando mostrar um pouco dos meus valores, da minha rotina e, como não poderia deixar de ser em tempos virtuais, das minhas futilidades”.
No ano passado, Migalhas noticiou que, durante sessão no Tribunal do Júri, a presidente do julgamento, a juíza Tula reagiu a interrupções feitas pelo advogado de defesa, questionando se ele preferia que ela “ficasse servindo, pelo fato de ser mulher”.