Quem tem medo de cobra vai se surpreender com a coragem (ou seria loucura?) do autônomo Carlos Andrade, 22 anos, que tirou uma ‘selfie’ com uma anaconda, dentro de um rio. Já que sobreviveu, ele aproveitou para publicar a foto na internet e virar um dos assuntos mais comentados nas redes sociais neste final de semana. A imagem foi feita dentro no município de Nhamundá, a 375 Km de Manaus (AM), com uma sucuri ao fundo.
Carlos contou ao portal G1 que tirou a foto no dia 22 deste mês. O animal estava no Rio Nhamundá, que banha o município e é um dos afluentes do Rio Amazonas. “[Minha família] tem um sítio na cabeceira do rio. Vi a cobra e fiquei assustado, porque temos muitos animais. Mas, ela não estava se mexendo. Entrei na água e peguei o celular para fazer a foto”, relatou ao site.
Carlos conta que o animal não avançou ao perceber a presença dele. “Na verdade, ela foi se afastando à medida que eu entrava no rio. Ela parecia ter algo na barriga. Por isso, não se mexia. Tirei a foto e saí da água. Depois, já não a vi mais”, destacou.
De acordo com a pesquisadora de cobras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Luciana Frazão, não é comum ter registros frequentes de ataques de sucuris a humanos. Segundo ela, a espécie de cobra não é venenosa, porém, tem grandes tamanhos e força. O autônomo estima que a cobra vista em Nhamundá tenha entre 4 e 5 metros de comprimento.
“Elas alcançam de 7 a 8 metros. Já teve registros de sucuris maiores de até 10 metros. Apesar de não serem venenosas, elas mordem e podem afogar uma pessoa, por ter muita força”, disse Luciana.
A pesquisadora informou ainda que as sucuris não têm humanos como presas, mas podem atacar caso se sintam ameaçadas. “Como elas são muito fortes quando adultas, as sucuris podem sim ter força suficiente para matar uma pessoa ou até afogá-la. Já que são mais aquáticas e podem segurar uma pessoa embaixo da água”, disse.
Após analisar a foto publicada por Carlos, a pesquisadora orientou para pessoas que encontrem uma sucuri que deve ser mantido um respeito e uma distância segura para que não haja risco