Sem lenço nem documento. Foi com apenas R$ 20 no bolso, um celular e um fone de ouvido que o auxiliar de serviços gerais Geraldo Willians Martins, de 32 anos, saiu de Indaiatuba, no interior de São Paulo, rumo a Nilópolis, em junho do ano passado. O trajeto de mais de 900 km foi feito com ajuda de caronas, ônibus, mas, basicamente, a pé. Ele demorou cerca de quatro meses para chegar à Baixada Fluminense e, assim, realizar seu sonho: ser passista da Beija-Flor.— Eu só sabia que a quadra ficava em algum lugar com nome Fluminense, no Rio. Mas corri atrás do meu sonho — orgulha-se Geraldo.