Um jovem de 24 anos foi condenado a 20 anos de prisão pelo latrocínio de um motorista de aplicativo em São José dos Campos (SP). Marcos de Farias, de 29 anos, foi morto em agosto de 2017. Cabe recurso.
Na decisão desta quinta-feira (19), a juíza Beatriz Afonso Pascoal Queiroz considerou que as provas apresentadas no processo não deixam dúvida de que o réu é autor do crime. Entre elas, a magistrada destacou a confissão do acusado.
“Ao ser preso, cerca de uma semana depois, confessou os fatos, detalhadamente, aos policiais militares e depois, na delegacia, aos policiais civis”, diz trecho do documento.
O réu está preso desde o dia 11 de agosto e durante a investigação relatou aos policiais que entrou no veículo da vítima com a intenção de praticar um roubo. Segundo o processo, o acusado disse que esganou o motorista porque ele teria reagido ao assalto.
Após a agressão, o motorista desmaiou. No processo consta que o réu alegou ter enforcado a vítima com o cinto de segurança por não saber se ela estava viva ou morta. Após o crime, ele abandonou o corpo em uma fazenda na Vila São Bento e depois fugiu com o carro, o telefone e R$ 200 do motorista. O veículo também foi abandonado.
No entanto, quando foi interrogado em juízo, alegou que estava sob efeito de drogas e que não se lembrava se cometeu o crime ou não.
Ele também era acusado pelo crime de ocultação de cadáver, mas foi absolvido dessa acusação porque a juíza considerou que o corpo da vítima foi encontrado com facilidade, próximo ao local onde o carro foi abandonado e que não há provas de que ele tenha agido com a intenção de ocultar o cadáver.
Um outro homem acusado no processo, que era o dono do celular de onde partiu a chamada para a viagem de Uber, foi absolvido. A juíza Beatriz Afonso Pascoal Queiroz considerou, com base em provas e testemunhas, que ele não praticou o delito. A reportagem tenta contato com a defesa do réu condenado.
Foto: Arquivo pessoal