O Japão prometeu trabalhar com a Jordânia para conseguir a soltura do jornalista japonês mantido refém por militantes do Estado Islâmico, após a morte de outro refém japonês na semana passada, mas reiterou que não vai ceder ao terrorismo.
A crise dos reféns se tornou um teste para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, que assumiu o poder em 2012 prometendo aumentar o papel do Japão na segurança mundial.
Abe condenou no domingo a morte do cidadão japonês Haruna Yukawa cometida por militantes, e pediu a soltura do veterano correspondente Kenji Goto, capturado por militantes do Estado Islâmico na Síria.
“Gostaríamos de trabalhar junto com o governo jordaniano para assegurar a soltura de Goto”, disse o ministro de Relações Exteriores japonês, Yasuhide Nakayama, a repórteres na Jordânia, na noite de segunda-feira.
Nakayama foi enviado à Jordânia na semana passada para cuidar do caso.
Os militantes desistiram de cobrar um resgate, e agora dizem que vão soltar Goto em troca pela libertação da prisão de Sajida al-Rishawi, uma iraquiana condenada por ataques jihadistas que está detida na Jordânia.
Os militantes radicais capturaram um piloto jordaniano após a queda de seu avião durante uma operação da coalizão liderada pelos Estados Unidos no leste da Síria em dezembro, e Nakayama disse que Japão e Jordânia podem trabalhar juntos para conseguir a soltura dele também.
Em Tóquio, Abe disse ao Parlamento, nesta terça-feira, que o Japão fará o máximo para salvar Goto.
“O terrível ato de terrorismo do Isil é absurdo e nós condenamos firmemente”, disse Abe, referindo-se a uma sigla pela qual os militantes são conhecidos.
“A situação é extremamente grave, mas faremos o nosso máximo para conseguirmos a soltura de Kenji Goto o quanto antes possível… Não vamos ceder ao terrorismo.”